Falta d’água

Moradores em uma só voz: "não dá para viver assim!"

Já é a quarta vez que o abastecimento de água, em Imperatriz, é reduzido 50%.

Jefferson Sousa/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h48

IMPERATRIZ – A água é um bem essencial à vida. E, em Imperatriz, pela quarta vez, em menos três meses, a Companhia de Saneamento do Maranhão (Caema), reduziu o abastecimento de água em 50% em toda a cidade, causando grandes transtornos em todos os segmentos da sociedade.

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Essa realidade mudou a rotina do pequeno Igor Leitão de Sousa, de 14 anos, morador do Parque Sanharol. Figura masculina na casa, onde vive com mais duas irmãs e sua mãe, ele faz, em média, nove viagens ao dia até a mangueira mais próxima, na sede da Justiça Federal, e precisa escolher, toda vez que falta água, entre ir à escola e ajudar a mãe.

“Todo ano é a mesma coisa, a mesma trajetória. É uma situação ruim, muito ruim. Às vezes não dá certo de ir à escola porque eu tenho que vir buscar água, senão minha mãe não faz a comida”, lamenta o estudante.

 A falta d'água atinge todos os bairros de Imperatriz. (Foto: Jefferson Sousa/ Imirante Imperatriz)
A falta d'água atinge todos os bairros de Imperatriz. (Foto: Jefferson Sousa/ Imirante Imperatriz)

A reclamação é confirmada pelo vizinho de bairro de Igor Leitão, Ronilton Castelo Branco, de 36 anos, morador do Parque das Mangueiras. Ele se revolta ao dizer que convive com a falta d’água há 18 anos.

“Aqui é sofrimento direto, não tem jeito. Tem dois poços, mas ninguém tem água aqui. Tem 18 anos que convivo com a falta d’água. Eles dizem que estão racionando a água, mas, aqui, é racionamento desde que eu me mudei. Não dá para viver assim!”, reclama o morador.

Solidariedade

Com esse problema, água, na cidade, só por meio de chuva ou da solidariedade humana. Enquanto não chove, os moradores, empresas públicas e privadas disponibilizam mangueiras para o abastecimento de quem não possui uma reserva d'água.

No prédio da Justiça Federal, por exemplo, é comum observar enormes filas para encher tanques e garrafas pet, sendo conduzidos por motos, carros, carrinhos de bebê e até carroça.

 Os moradores precisam andar, no mínimo, duzentos metros para conseguir água. (Foto: Jefferson Sousa/ Imirante Imperatriz)
Os moradores precisam andar, no mínimo, duzentos metros para conseguir água. (Foto: Jefferson Sousa/ Imirante Imperatriz)

Solução

Por meio de nota enviada à imprensa, nessa quarta-feira (26), a Caema disse que técnicos estão trabalhando para consertar a bomba, mas nenhuma previsão foi detalhada.

Veja a nota na íntegra:

"A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informa que técnicos já estão trabalhando para resolver a pane na bomba 2 do sistema de captação de água de Imperatriz, reduzindo em 50% o abastecimento para população."

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