Exposição

SNCT: curso de Imperatriz expõe Projeto Morcego

A pesquisa tem como objetivo mapear e analisar as paisagens onde encontram mais morcegos.

Divulgação / UFMA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h49
(Divulgação / UFMA)

IMPERATRIZ – “Eu achava que os morcegos eram roedores das plantas, mas agora percebi que eles têm grande importância na natureza”. Estas foram as palavras de Ryan Victor Silva, de apenas 12 anos, durante visita ao estande do curso de Ciências Naturais do Campus de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Os alunos do curso apresentam a exposição do Projeto Morcegos no Maranhão na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em São Luís. O evento começou na segunda-feira (13), com várias exposições.

Os morcegos, como aprendeu Ryan Victor, promovem a polinização de flores de diversas plantas no Cerrado e na Amazônia. Dispersam sementes de plantas, ajudando na regeneração de áreas degradadas e realizam o controle de insetos nas lavouras, diminuindo o uso de pesticidas.

Para a estudante do ensino médio Maria Julia Tavares a exposição ajuda a desconstruir o mito sobre os morcegos. “Quando penso no morcego, lembro do filme ‘Drácula’, porque para mim o morcego era um vilão, mas agora sabendo da sua importância para o meio ambiente”, disse.

De acordo com os dados já obtidos em pesquisa sobre o número de plantas associadas aos morcegos na América Latina, 360 espécies de plantas aumentam por meio da polinização e 549 espécies por dispersão dos mamíferos voadores. Na Ásia e África, a polinização é de 168 e dispersão é de 139.

A pesquisa tem como objetivo mapear e analisar as paisagens onde encontram mais morcegos e descobrir qual tipo de paisagem esses mamíferos preferem. De acordo com o coordenador do projeto, Ciro Líbio, a pesquisa pretende ver as áreas prioritárias para conservação.

Além disso, os pesquisadores procuram saber quais são as áreas mais habitadas pelos morcegos e se essas áreas estão sendo impactadas na agricultura. “Pretendemos entregar os resultados finais da pesquisa para os órgãos públicos, principalmente, a Secretaria do Meio Ambiente”, ressaltou.

O pesquisador ainda conta que a ideia é expandir a pesquisa para saber o estado de reprodução de cada espécie, tipo de comida e quais estão em extinção. A pesquisa de morcegos começou há quatro anos, e o ‘Projeto Morcegos no Maranhão’ começou há um ano. O resultado final vai servir de tese de doutorado de Ciro Líbio.

Esta é a primeira vez que este trabalho é exposto na SNCT, mas segundo o coordenador, a ideia é levá-lo também para outros municípios onde as principais coletas foram feitas a fim de incentivar a conservação e proteção ambiental.

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