Verão 2014

Período oficial de veraneio continua indefinido em ITZ

A reunião propôs uma mobilização civil-pública.

Jefferson Sousa/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53
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IMPERATRIZ – Na manhã de hoje (16), uma segunda reunião foi realizada no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed), para decidir o período oficial de veraneio em Imperatriz.

Com a intenção de ampliar o debate e discutir a permanência das praias no período correto do verão, de junho a agosto, órgãos fiscalizadores do município, comunidade e representantes do Consórcio Estreito Energia (Cest) estiveram presentes à reunião.

Durante sua fala, o superintendente da Defesa Civil Francisco da Chagas, relatou que após a instalação da hidrelétrica, as praias do Cacau e do "Meio" sofreram uma redução de 60% em sua área e anunciou que só será possível o verão oficial em período normal, caso a hidrelétrica mantenha uma vasão estável.

“Se não tivermos a vasão entre 1.000 e 1.100 m³ de agua por segundo, no período de verão, não vamos sair desta situação. Se o Cest disser e assinar um documento, que vai passar os meses de junho, julho e agosto com a vasão entre 1.000 e 1.100 m³, ela resolve o problema. Acima disso, não é possível ter praia”, reitera o superintendente.

O promotor de Justiça do meio ambiente Jadison Cirqueira, destacou a possibilidade da construção de uma praia artificial como forma de acabar com o problema, e destacou que uma medida só será possível, se a sociedade civil organizada, juntamente com o poder público, unirem forças para acabar de vez com esse problema.

“Pelo que percebi, não há uma possibilidade de haver período de veraneio, porque se a Cest não tem controle sobre a água. Então, como vamos deixar as crianças irem para essas praias? O assunto é muito complexo e o Cest saindo pela tangente, como sempre fez. Uma medida possível é a comunidade e os órgãos públicos se unirem para enviar uma sugestão ao Ministro de Minas e Energia”, ressaltou o promotor.

Já o gerente regional da Cest João Rezek, relatou que a hidrelétrica não tem poder sobre a vasão da água do Rio Tocantins, levando em consideração que o modelo da usina é fio d’água, ou seja, não reserva água.

“O volume é alto porque a vasão do rio é alta. Nós não temos o poder de controlar a vasão do rio. A questão da praia, a instituição que esta delineando os procedimentos para os períodos de praia é Agência Nacional de Águas (ANA). A Cest está à disposição para ajudar a comunidade a procurar o melhor caminho para cada demanda. Por si, o Cest não pode fazer nada’, explicou o gerente.

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