IMPERATRIZ – Marilda dos Santos Chaves, de 48 anos, moradora do povoado Coquelândia, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a manifestação de policiais militares e bombeiros, na Estrada do Arroz, na manhã dessa segunda-feira (31).
Ela era uma das passageiras da van que saiu da zona rural para o centro de Imperatriz, mas o veículo foi impedido de passar pela rotatória em frente à fábrica de Papel e Celulose, onde se concentrava a manifestação.
Segundo informações do Ministério Público, a van teve dois pneus furados à bala, além de corte com arma branca. A atitude, de acordo com as investigações, teria partido de policiais militares. Marilda presenciou uma discussão entre o motorista da van e os policiais, por causa do que teria acontecido, e desmaiou no local.
A irmã de Marilda, que pediu para não ter o nome revelado por medo de represálias, em entrevista à TV Mirante, disse que ela foi levada por policiais para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), desacordada, e de lá foi transferida para o Hospital Municipal de Imperatriz.
Marilda deu entrada no Socorrão por volta de 8h30 da manhã de ontem e aguardava uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em um leito semi-intensivo. A vaga chegou a ser disponibilizada, segundo a direção do hospital, mas ela não resistiu e morreu às 15h. De acordo com a irmã da vítima, Marilda tinha problemas de pressão, controlados com medicamentos, e aparentava boa saúde. No laudo do hospital, ela teve morte cerebral, em decorrência do AVC hemorrágico.
O diretor das Promotorias de Justiça, Joaquim Júnior, disse que o caso está sendo investigado para identificar quais os policiais ou bombeiros teriam sido responsáveis pelo atentado, que resultou na morte de Marilda.
O delegado regional, Assis Ramos, disse que a irmã de Marilda foi ouvida pela pela polícia e o motorista da van já foi identificado, mas ele ainda vai prestar depoimento.
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