Tribunal de Justiça

Sistema de informações vai auxiliar gestão de dados prisionais

O próximo passo é definir quem será o gestor do sistema.

Divulgação / Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

IMPERATRIZ - Desembargadores, juízes e membros do Ministério Público, Defensoria e OAB assistiram à palestra da presidente do Conselho Nacional de Secretarias de Estado da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Gomes, sobre o Sistema BI (Business Inteligence), no auditório do Tribunal de Justiça do Maranhão, nesta quinta-feira (16).

Em uso em 20 estados, a ferramenta vai auxiliar as autoridades da Justiça e da Segurança Pública do Estado no acompanhamento e gerenciamento da situação penal dos presos condenados e provisórios.

O Sistema BI, desenvolvido pelo Governo do Paraná, integra bases de dados para gerenciamento de informações que podem ser cruzadas e aplicadas no acompanhamento dos processos envolvendo a privação de liberdade e deve ser alimentado pelas autoridades envolvidas na execução penal.

A ferramenta foi colocada à disposição do Governo do Estado, do Poder Judiciário e das outras instituições, por meio de senhas. O próximo passo é definir quem será o gestor do sistema.

“Não temos uma solução pronta para a execução penal. Mas essa ferramenta de gestão, se bem alimentada, vai permitir que as autoridades conversem ente si, sem precisar entrar no presídio”, disse a presidente do CONSEJ, que também é secretária de Justiça e Cidadania do Paraná.

A falta de integração das informações entre os órgãos da Justiça e do Governo com a execução penal é uma das dificuldades apontadas pelos magistrados na condução dos processos da área criminal e na gestão carcerária.

Para a presidente do TJMA, desembargadora Cleonice Freire, esse recurso é importante para o controle da gestão carcerária no Estado pelo Executivo e da execução penal pelo Poder Judiciário. “Vamos contribuir para que o sistema seja alimentado corretamente e sirva ao propósito final de melhorar a situação carcerária”, disse a desembargadora.

A importância da ferramenta para a gestão do sistema prisional também foi confirmada pela vice-presidente, Anildes Cruz. O desembargador Froz Sobrinho, coordenador da Unidade de Monitoramento e Fiscalização Carcerária (TJMA), anunciou, ao final da palestra, que ainda esta semana, todas as informações relativas aos réus presos deverão ser inseridas no sistema pelo Judiciário.

A desembargadora Nelma Sarney, corregedora geral da Justiça, destacou que uma das dificuldades encontradas pelos juízes criminais é localizar informações essenciais sobre a situação do preso, como, por exemplo, onde ele se encontra.

Os dados sobre a situação dos presos das delegacias de polícia deverão ser cadastradas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, e dos presos das penitenciárias, pela Secretaria de Justiça. Caberá ao Poder Judiciário alimentar o sistema com informações sobre a identificação do preso, data de início e término da pena, regime prisional, benefícios a que tem direito, dentre outras.

DADOS

De acordo com dados preliminares já introduzidos no sistema pela Secretaria de Justiça até esta data, relativo ao sistema penitenciário, o Maranhão tem capacidade para 2.966 presos, estando com 3.939 vagas ocupadas. Do total de presos, 95% é do sexo masculino.

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