IMPERATRIZ – Aleida Hernandez Tapia, Jorge Luís Martinez Velazquez e Ena Mcfarlane Martinez vieram de Cuba, contratados pelo Governo Federal por meio do Programa Mais Médicos para trabalhar em Amarante do Maranhão, no oeste do Estado, a 105 km de Imperatriz. Eles chegaram ao município no domingo (22) e nesta segunda-feira (23) conheceram uma das Unidades de Saúde do centro e parte das equipes do Programa Saúde da Família, formadas pelos novos colegas de trabalho.
Os três médicos já foram enviados pelo Governo de Cuba à Venezuela, onde prestaram assistência à comunidades carentes por oito anos. Desta vez o contrato com o Governo Federal é por três anos. Aleida Hernandez trouxe na bagagem muita experiência de trabalho aos 21 anos graduação.
"As doenças são as mesmas, os medicamentos também, só o paciente que é individual. Vamos absorver muitos problemas aqui para evitar encaminhar para Imperatriz", disse Aleida Tapia.
O município de Amarante tem 37.932 habitantes, segundo o IBGE, e cerca de 10 mil se concentram na região conhecida como Alvorada, que reúne 14 assentamentos. Lá os moradores só tinham acesso ao médico duas vezes por mês. Jorge Luís agora vai ser o médico permanente da localidade. Ele lembra que na Venezuela, também, trabalhou na zona rural, e acredita que não vai enfrentar dificuldade.
"Eu acho que meu trabalho vai ser muito importante e necessário, esperamos que saia tudo bem", afirmou Jorge Luís.
Incluindo as unidades de saúde da zona rural, o município tem 10 postos de saúde. Aleida e Ena vão atuar no Centro e no Setor Industrial, onde estão as maiores demandas da zona urbana. Pelo pouco que conheceram a cidade, os médicos se surpreenderam, mas precisa de médicos.
"Vimos que é um povoado que necessita muito de nossa ajuda e nós, médicos cubamos, daremos o melhor para ajudar a saúde de Amarante e do Brasil", adiantou a médica Ena Mcfarlane.
A secretária de saúde do município diz que foram solicitados seis médicos ao Governo Federal, mas a chegada dos três já vai diminuir os casos que são encaminhados ao único hospital da cidade, por falta de atendimento médico nos postos.
"São profissionais que estão dispostos a trabalhar na zona rural e a gente vai atender a nossa população com mais qualidade, prevenindo doenças", afirmou a secretária Rosélis Alves.
Os médicos ainda aguardam o registro no Conselho Regional de Medicina, para começar a atender a comunidade. Até o início do mês de outubro eles têm um cronograma de atividades, incluindo reuniões com as equipes profissionais, capacitações e visita às unidades de saúde.
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