Justiça

Justiça decide levar Gessé Filho a júri popular

A decisão foi do juiz da 4ª Vara Criminal Weliton Sousa Carvalho

Alan Milhomem / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h04

IMPERATRIZ – A Justiça julgou procedente o pedido do Ministério Público Estadual (MP) e decidiu que Gessé Leite Filho será levado a júri popular e vai aguardar o julgamento preso. A decisão foi do juiz da 4ª Vara Criminal, Weliton Sousa Carvalho. Agora Gessé não vai mais ser julgado por um juiz de direito, mas pelo tribunal do júri composto por sete cidadãos escolhidos por sorteio.

Para o promotor criminal, Joaquim Júnior, ficou claro o crime cometido por Gessé e por isso a Justiça aceitou os argumentos do MP. “É bom que se diferencie uma situação de atropelamento normal, um descuido que pode acontecer com qualquer um, de uma tentativa de homicídio usando um veículo. No caso do Gessé foi uma tentativa de homicídio em que o carro foi usado apenas como instrumento para aquela prática. Ficou consignado nos autos uma tentativa cristalina, clara e escancarada de direcionar o carro para as três vítima”, afirmou

A Justiça também decidiu manter a prisão do acusado. O promotor considera importante essa decisão, tendo em vista que Gessé já tentou fraudar as provas uma vez poderia tentar novamente, assim como poderia fugir, já que o mesmo foi preso já em outro Estado. Gessé Leite responde processo por três tentativas de homicídios e por fraude processual. As penas para esses crimes variam de quatro a 20 anos por cada tentativa de homicídio e de um a cinco anos por fraude. Ainda não há previsão para a data do julgamento, pois a defesa ainda pode recorrer da decisão da Justiça.

O caso

Na madrugada do dia 26 de janeiro, segundo o processo, Gessé Leite estava conduzindo automóvel e atropelou intencionalmente Deivison de Jesus, Caio Santos e Rebecca Eduardo nas proximidades de uma boate no Centro de Imperatriz. Dentre os três, Rebeca foi quem ficou em estado mais grave após ter fraturado a bacia e sofrido traumatismo encefálico.

De acordo com o MP, Gessé tentou descaracterizar provas do crime quando negou que estava no veículo que atropelou os jovens e levou seu carro de luxo, modelo Outlander, para ser consertado em uma oficina. O mesmo aparece nas imagens de câmeras de segurança gravadas no dia do acidente. A primeira audiência de instrução e julgamento foi realizada no mês de março. Gessé está preso na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI) à disposição da Justiça.

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