Paralisação

Amarante se manifesta contra ampliação de reserva indígena

Atividades do comércio, nas escolas e órgãos públicos foram paralisadas.

Tátyna Viana / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

IMPERATRIZ – A 118 km de Imperatriz, cerca de 20 mil moradores do município de Amarante do Maranhão podem ser desapropriados, para a ampliação de uma das reservas indígenas do município. Nesta sexta-feira (14) eles fizeram uma paralisação, realizada simultaneamente em outros municípios de Estados que tem áreas pretendidas pela Funai. O protesto chamou a atenção para as questões que envolvem a demarcação de terras, ampliação de reservas e, por consequência, a desapropriação de famílias.

Com a paralisação, o comércio permaneceu de portas fechadas. As aulas nas escolas da rede pública foram suspensas e uma multidão se concentrou na principal avenida da cidade, Humberto de Campos, para ouvir o presidente da Comissão de Produtores Rurais do município, que está acompanhando o processo de ampliação da Reserva Indígena Governador, por meio de um estudo assegurado na Portaria 1437, de 08 de outubro de 2010.Se homologada a decisão, os atuais 41.643ha aumentariam para 204.729ha. Com a ampliação pretendida pela Funai, esta ocupação subiria de 140 para 204 mil hectares (75%). A área de 163.086ha atinge cerca de 20 mil pessoas e suas propriedades rurais, 11 assentamentos e dezenas de povoados.

O município de Amarante já possui 54% de sua extensão, o equivalente a 408.000ha, ocupados pelas reservas indígenas Araribóia (338.000ha), Governador (41.6432ha) e Reserva Krikati (28.947ha). Segundo dados da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), o rebanho bovino do município ultrapassa as 120 mil cabeças de gado, criadas nessas áreas, que também virariam reservas.

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