SÃO LUÍS – Uma pequena ação pode representar grandes transformações. O esporte é um mecanismo que, se for desenvolvido da maneira certa, contribui para mudar a vida de uma pessoa para melhor. Que o digam trinta crianças da rede pública de ensino que tiveram a oportunidade de conhecer, na prática, o que é a natação. Desenvolvido pela Nina Escola de Natação com o patrocínio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, o “Projeto Futuro Aquático” mudou a rotina de meninos e meninas de 9 a 12 anos de idade.

Muito mais do que uma simples ação social, o projeto tem o objetivo de criar campeões no esporte e na vida. Em fevereiro de 2015, quando as crianças começaram a participar das aulas de natação, não sabiam dar uma braçada sequer. Hoje, além de já saberem nadar, se divertem e, algumas, já até competem nos eventos locais.

“Estamos oferecendo natação para crianças que não teriam condições de bancar essas aulas. Elas já estão participando de competições locais para começar a pegar o gosto pela coisa para ver se, no futuro, elas se tornam atletas”, explicou o professor de natação Alexandre Nina.

Idealizado por Alexandre Nina, o “Projeto Futuro Aquático” surgiu para ser tipo uma contrapartida à sociedade, já que Cemar começou a patrocinar a nadadora Júlia Nina (filha de Alexandre e atual campeã brasileira de maratonas aquáticas na categoria Juvenil) em competições nacionais e internacionais de natação e maratonas aquáticas. Para que um projeto incentivado não beneficiasse apenas um único atleta, parte dos recursos do patrocínio foi colocada à disposição da escolinha de natação com o objetivo de fomentar o esporte em São Luís. As crianças do projeto recebem todos os materiais para nadar, além de frequentarem as aulas gratuitamente.

“Um projeto como este é uma medalha olímpica para nós porque estamos conseguindo oferecer para as crianças coisas que elas não teriam. Isso é um prêmio, uma vitória porque conseguimos ajudar outras pessoas”, lembrou Alexandre.

Importância do incentivo

O “Projeto Futuro Aquático” possui recursos para continuar até o fim deste ano. Para 2017, o futuro do projeto ainda é incerto já que ele depende da Lei de Incentivo ao Esporte e do interesse da empresa incentivadora em renovar o vínculo.

“Até dezembro o projeto está garantido. A gente espera que haja esta renovação para dar sequência no projeto e não parar. E quem sabe a gente consiga até aumentar para atender ainda mais crianças porque a natação precisa ser vista e notada. Isso não é caridade. A gente não quer caridade de ninguém. A gente quer merecer isso. Com patrocínio, os resultados dos nossos atletas vão aparecer. Isso não é mágica. É um trabalho duro, árduo e que demora para acontecer”, avaliou Alexandre Nina.

E, para o técnico, desenvolver um trabalho para crianças não tem preço. “O esporte, além de oferecer saúde, vai oferecer formação, educação, orientação, disciplina e isso não tem preço. E aí a gente inclui os patrocinadores nisso porque eles estão bancando isso tudo. É uma coisa muito significativa. Esperamos que isso se torne algo maior algum dia. Nossas crianças precisam de oportunidades para se tornarem grandes atletas”, concluiu.

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