BELÉM - Um dia após a possível greve que estava sendo ensaiada pelos jogadores do Clube do Remo, devido ao atraso nos salários, a situação aparentemente voltou ao normal no Baenão. Como de costume, os jogadores chegaram ao estádio, trocaram de roupa e foram ao gramado de jogo, onde eles trabalharam ao comando do auxiliar técnico, André Chita, responsável pela condução dos treinos na ausência do treinador Paulo Comelli.

O treinamento de ontem começou sem nenhum atraso, diferente do que aconteceu na última quarta-feira (23), quando os atletas só treinaram depois de uma reunião com o presidente do clube, Sérgio Cabeça Brás. O mandatário remista prometeu quitar nesta sexta-feira os vencimentos do mês de fevereiro, atrasados há 15 dias completados hoje.

Mesmo depois de quase duas semanas da eliminação da Taça Cidade de Belém, os azulinos ainda estão com a espinha do Mapará presa na garganta. Além de ter solicitado um posicionamento sobre os salários atrasados, o time também pediu o apoio do presidente em um momento difícil para o clube, que precisa vencer o segundo turno para garantir uma vaga no Brasileirão da Série D.

Durante os trabalhos com bola, os jogadores brincaram um com o outro, deram risada, até tentam demonstrar que a queda diante do Cametá já faz parte do passado. Mas ao deixarem o gramado em direção aos vestiários, o olhar frustrado dos remistas sobressaiu, revelou que a ferida ainda está aberta.

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