Esporte

Cúpula do futebol pode decidir pelo fim do tempo de 90 minutos nas partidas de futebol

A Fifa propôs a medida para melhorar a administração do tempo no esporte.

Publipost

Atualizada em 03/03/2023 às 16h38
A tendência de privilegiar os momentos de bola rolando também é contemplada pelas medidas que estão prestes a entrar em vigor..
A tendência de privilegiar os momentos de bola rolando também é contemplada pelas medidas que estão prestes a entrar em vigor.. (PxHere)

Uma reunião neste fim de semana pode ser o início de uma mudança profunda no formato dos jogos de futebol. O IFAB (Quadro das Associações Internacionais de Futebol) discutirá propostas para aumentar a eficiência do esporte - ideias colocadas em mesa pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino. A mais significativa delas diz respeito à administração do tempo dos jogos, que poderá levar ao fim da regra de que cada partida precisa ter 90 minutos de relógio correndo.

As discussões também incluem medidas para reduzir a ocorrência de impedimentos. A revelação foi feita pelo jornal espanhol Marca, mas se sabe poucos detalhes a respeito. A intenção da cúpula do futebol mundial, porém, é que a mudança entre em vigor em 2024.

A ideia de alterar a maneira como se define o tempo das partidas de futebol se insere em um contexto de reformas que têm como padrinho o diretor de Desenvolvimento Global de Futebol da Fifa, Arsène Wenger, muitas das quais já foram definidas para entrar em vigor a partir de 30 de junho para a temporada europeia de 2023-2024. Descubra como utilizar o código promocional Solverde para conferir o que se espera para os resultados da temporada que começará daqui a menos de quatro meses na Europa.

MENOS DE 90 MINUTOS

A proposta a ser discutida neste fim de semana prevê, além do fim dos 90 minutos de tempo de jogo, que o relógio fique parado nos momentos em que a bola estiver fora de campo. Com isso, as partidas de futebol ficariam, em alguns momentos, parecidas com um jogo de basquete.

Hoje, os momentos em que a bola não está dentro de campo precisam ser recolocados pelo árbitro em forma de acréscimos - mas isso gera uma margem de inexatidão devido à percepção de cada árbitro. A nova proposta acabaria com essa margem, garantindo que esses períodos sejam desconsiderados do tempo total da partida já no momento em que acontecem.

A proposta segue uma tendência recente de tolerância menor com a perda de tempo no futebol. A Copa do Mundo de 2022 consolidou a era dos acréscimos longos, que muitas vezes alcançam os dez minutos - um aspecto que reflete também a utilização do VAR. Desde que foi implementada, a arbitragem de vídeo tornou comum que as revisões de lances atrasem o jogo em vários minutos.

Outra medida que estará em discussão neste fim de semana é que seja considerado que o atacante está em posição regular quando a última parte do seu corpo estiver alinhada com o defensor, permitindo que o atacante fique na frente do defensor, mas com parte do corpo alinhada.

MEDIDAS JÁ DEFINIDAS

A tendência de privilegiar os momentos de bola rolando também é contemplada pelas medidas que estão prestes a entrar em vigor. A partir de 30 de junho, o tempo de comemoração de cada gol terá que ser compensado - o que deve gerar acréscimos ainda mais longos.

Além disso, os árbitros, ao emitirem advertências ao banco, estarão obrigados a identificar exatamente a quem a advertência se dirige.

Uma outra mudança que ganhou repercussão diz respeito ao comportamento dos goleiros nas cobranças de pênalti. A partir de 30 de junho, os goleiros estarão proibidos de distrair os batedores através de ações como atrasar a conversão ou tocar nas traves, no travessão ou na rede. A medida foi impulsionada principalmente pelo comportamento do goleiro argentino Emiliano Martínez, do clube inglês Aston Villa.

 

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.