Dakar 2022

Marcelo Medeiros fica em 10º entre os quadriciclos

O maranhense completou a especial do dia do evento.

Com informações da Assessoria

Atualizada em 26/03/2022 às 18h43
O maranhense, com seu Yamaha YFM 700R, #183, completou a especial do dia do evento
O maranhense, com seu Yamaha YFM 700R, #183, completou a especial do dia do evento (Divulgação / Fotop )

Jihad / Ha’il (Arábia Saudita) – Marcelo Medeiros, piloto da Tagracing e tetracampeão dos Sertões, fez o 10º melhor tempo entre os Quadriciclos FIM, no prólogo da 44ª edição do Dakar, que aconteceu neste sábado, 1º de janeiro, em torno de Jihad, na Arábia Saudita. O maranhense, com seu Yamaha YFM 700R, #183, completou a especial do dia do principal evento off-road do planeta em 1h19min cravados (a 8min50 do líder da categoria).

Fincado no meio de duas longas travessias, o trajeto de 19 quilômetros da especial do prólogo teve pistas de terras (10% da prova), pequenas dunas (33%) e pisos de areia (57%), que deu aos competidores a chance de testar seus equipamentos. Os quinze primeiros colocados de cada categoria irão escolher sua posição na largada, na ordem inversa da classificação, durante o briefing da primeira etapa do Dakar.

“Andei cauteloso e consciente e acho que vou largar numa boa condição. É a primeira vez que corro em outro continente e, apesar de toda experiência com o Sertões, que também é um rali de grande porte, e as outras edições do Dakar que participei na América do Sul (Argentina, Peru e Bolívia, entre 2016 e 2018), a diferença é que aqui temos que trabalhar a tranquilidade e a paciência, por ser um evento longo, de 14 dias, com grandes distâncias. Se conseguirmos finalizar todos os dias bem, será uma grande vitória”, afirma Medeiros.

Quanto à sua impressão das próximas etapas, o maranhense de 32 anos é prudente. “Ainda não tive acesso aos detalhes das outras provas da competição, mas já tenho uma noção de como será cada uma delas. Serão trechos em clima frio, com muitas dunas e pedras grandes, que são minhas principais dificuldades, juntas num cenário que não estou acostumado. Temos ter que ter imenso cuidado para não quebrar o quadri ou furar o pneu. A expectativa é terminar bem, finalizar a prova em todas as etapas e não se perder”, revela.

Outro ponto forte destacado por Medeiros para concluir o Dakar em boas condições é a navegação. “Diferente do Brasil, aqui é área de deserto e não temos muitas referências visuais na orientação. A navegação é primordial, na base da bússola e gps mesmo. Fora isso é chegar com o quadriciclo inteiro em cada etapa. Se eu tiver uma constância em todas as provas, acredito que dê para finalizar os Dakar 2022 entre os três primeiros”, admite.

Dentro do Dakar, Marcelo Medeiros teve outras três participações, quando a competição aconteceu na América do Sul. Em sua estreia, em 2016, e no ano seguinte o maranhense não finalizou a prova. Em 2018, ficou em quarto lugar entre os quadriciclos. Neste ano, Medeiros terá a vantagem de não ser desclassificado e retirado da prova, caso aconteça algum transtorno. Mesmo que tome alguma punição de tempo por não completar qualquer das etapas, o piloto poderá voltar na seguinte. Isso porque cada trecho do Dakar 2022 conta pontos individualmente para o Mundial de Cross Country. O mesmo critério será aplicado para os equipamentos que completem pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA)

O piloto da Tagracing Team e seu Yamaha 700 vão se submeter, durante estas duas primeiras semanas do ano, a um total de 8.375 quilômetros, dos quais 4.258 km serão especiais cronometrados e o restante divididos entre trechos iniciais e finais de deslocamento. O Dakar começa de fato, neste domingo, 02 de janeiro, já no outro lado do país, num trajeto em forma de anel, em torno de Ha’il. O trecho de Maratona, no qual os competidores não poderão receber apoio técnico de sua equipe, caso precise de socorro ou manutenção, acontece entre a segunda e terceira etapas da competição, que passam por Al Artawiyah, em parque fechado, e seguem para Al Qaisumah. A rota seguinte será a Capital do país, Riad, onde acontecem duas etapas em forma de anel aos arredores da cidade e será o descanso dos competidores. A segunda parte do rali passa pelas cidades de Al Dawadimi, Wadi Ad-Dawasir e Bisha, antes de retornar a Jihad que será também a linha de chegada.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.