Paralimpíada

Sonho paralímpico acaba para atletas do Afeganistão retidos em Cabul

Comitê Paralímpico Afegão diz que atletas não irão ao Japão.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
“Infelizmente, devido à comoção que ocorre no momento no Afeganistão, a equipe não conseguiu partir de Cabul a tempo”, declarou  chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão.
“Infelizmente, devido à comoção que ocorre no momento no Afeganistão, a equipe não conseguiu partir de Cabul a tempo”, declarou chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão. ( Foto: Reprodução)

AFEGANISTÃO - Zakia Khudadadi teria sido a primeira mulher a representar o Afeganistão em uma Paralimpíada quando esta começar em Tóquio neste mês, mas seu sonho foi destruído pelo caos que sacode o país.

Radicado em Londres, o chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão, Arian Sadiqi, disse à Reuters nesta segunda-feira (16) que os dois atletas de sua nação não poderão comparecer aos Jogos, que se iniciam no dia 24 de agosto.

“Infelizmente, devido à comoção que ocorre no momento no Afeganistão, a equipe não conseguiu partir de Cabul a tempo”, declarou.

Forças dos Estados Unidos assumiram o controle do tráfego aéreo no aeroporto de Cabul, onde cinco pessoas morreram nesta segunda-feira em meio a cenas caóticas de disparos para o alto e pisoteamento.

Insurgentes do Talibã dominaram grandes cidades e agora comandam a maior parte do Afeganistão.

Sadiqi disse que deveria voar para o Japão nesta segunda-feira, e a equipe formada pela lutadora de taekwondo Khudadadi e pelo praticante de atletismo Hossain Rasouli deveria chegar no dia 17 de agosto.

Khudadadi foi destaque do site da Paralimpíada na semana passada falando de suas esperanças para os Jogos.

“Fiquei empolgada após receber a notícia de que recebi um convite para competir nos Jogos. Esta é a primeira vez que uma atleta feminina representará o Afeganistão nos Jogos, e estou muito feliz”, disse na ocasião a esportista de 23 anos, de Herat.

Sadiqi afirmou que os atletas estavam tentando conseguir voos, mas que os preços dispararam enquanto o Taliban tomava uma série de cidades, e depois a viagem se tornou impossível.

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