Lima 2019

Remo brasileiro muda filosofia de trabalho para voltar à rotina de medalhas nos Jogos Pan-americanos

Modalidade passa a dar atenção especial às provas por equipe, com quatro integrantes.

Imirante Esporte, com informações do COB

- Atualizada em 27/03/2022 às 11h11
Nesta edição, a equipe brasileira será composta por 20 atletas (15 no masculino e 5 no feminino).
Nesta edição, a equipe brasileira será composta por 20 atletas (15 no masculino e 5 no feminino). ( Foto: Divulgação CBR)

LIMA - Investir nas guarnições para garantir um desenvolvimento sustentável à modalidade. Esse é o plano do remo brasileiro a longo prazo e que será visto pela primeira vez em ação nos Jogos Pan-americanos Lima 2019, após uma campanha que não esteve à altura do país em Toronto 2015: uma solitária medalha de prata, no single skiff peso leve, com Fabiana Beltrame.

Nesta edição, a equipe brasileira será composta por 20 atletas (15 no masculino e 5 no feminino). Três dos quatros remadores que estiveram nos Jogos Olímpicos Rio 2016 estarão presentes – Xavier Vela, Willian Giaretton e Vanessa Cozzi –, mas até para eles a palavra de ordem é mudança. Xavier e Willian desfizeram a parceria no dois sem, mas brigarão por medalha no oito com; já Vanessa competirá sozinha, tentando dar sequência aos pódios brasileiros no single skiff leve.

“Podemos esperar ótimos resultados. Tivemos uma prévia no Pré Pan, realizado no Rio, no fim de 2018, que servia como seletiva para Lima. Classificamos todos os nossos barcos, apesar do pouco tempo de treinamento das guarnições”, diz Vanessa, que tem a explicação para essa nova fase do remo nacional: “Houve uma mudança de mentalidade desde o Rio 2016. Vejo que os Jogos ajudaram na divulgação de modalidades, digamos assim, não tão populares. Os clubes vêm investindo mais e ajudando na evolução do remo”, complementa a atleta do Flamengo.

O surgimento de talentos nunca foi um problema para o remo brasileiro. A própria Vanessa dá embasamento à tese: abandonou a natação aos 28 anos e, em menos de três anos, estava disputando o Rio 2016 na nova modalidade. Porém, para voltar a ter destaque no cenário internacional, o remo brasileiro decidiu mudar sua estratégia e investir no entrosamento das guarnições com quatro atletas.

Em Lima 2019, o Brasil disputará as provas de quatro scull masculino e feminino, quatro sem peso leve e até o oito com masculino.

“Sabemos que os barcos menores são desenvolvidos pelo clube e apresentam resultados interessantes a nível continental. Eles serão sempre atendidos e farão parte do programa, mas o sistema como um todo vai focar no desenvolvimento de barcos coletivos, prioritariamente a quatro. É um projeto que envolve pelo menos dois ciclos olímpicos e acredito que assim a gente consiga mudar a realidade do remo brasileiro”, afirma Marcello Varriale, diretor técnico da Confederação Brasileira de Remo (CBR).

As competições de remo ocorrem no parque turístico Albufera de Medio Mundo, Huacho, entre os dias 6 e 10 de agosto.

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