Pan-americano

Atleta de origem francesa coloca o Brasil no mapa da pelota basca mundial

Filipe Otheguy estreia em Lima 2019 e precisa vencer uruguaio para avançar às semifinais.

Imirante Esporte, com informações do COB

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11
Pela primeira vez na história, a pelota basca conta com um representante brasileiro na competição.
Pela primeira vez na história, a pelota basca conta com um representante brasileiro na competição. ( Foto: Washington Alves/COB)

LIMA - Um esporte tradicional, que já integrou o programa dos Jogos Olímpicos (Paris 1900), mas ainda pouco conhecido no país, é uma das grandes novidades do Time Brasil para os Jogos Pan-americanos Lima 2019. Pela primeira vez na história, a pelota basca conta com um representante brasileiro na competição.

A honraria cabe a Filipe Otheguy, 28 anos, natural de Biarritz (França), cuja mãe é natural de Fortaleza (CE). O atleta já representa o país em competições internacionais desde 2018, mas conseguiu regularizar sua documentação para disputar o Pan às vésperas do início da competição.

“Foi um pouco complicado obter o passaporte e precisei ir ao consulado brasileiro em Paris. O que realmente me ajudou foi uma carta enviada pelo Sebastian Pereira (Sub-chefe de Missão). Se não fosse a ajuda do COB, não sei se conseguiria vir”, disse Filipe, que mora atualmente em Saint-Pée sur Nivelle, um município com aproximadamente sete mil habitantes, a 20km de Biarritz, no sudeste da França.

Praticante da pelota basca desde os sete anos, Filipe, assim como os outros esportistas, não treina diariamente. Como em sua modalidade, frontón, as palmas das mãos estão em contato direto com a bola, que podem ter até 230 gramas de peso, é comum que os atletas “descansem” as mãos. Para prevenir lesões, os atletas usam esparadrapos e uma segunda camada de proteção para, grudados com uma cola, para acertarem a bola contra a parede.

Neste domingo (4), logo em sua estreia, o brasileiro enfrentou o mexicano David Álvarez, vice-campeão mundial e principal candidato ao ouro em Lima 2019, e acabou derrotado por 2 jogos a 0: 10/2 e 10/0.

“A estreia foi complicada, por ele ser o favorito. Além disso, as bolas aqui estão muito rápidas e eu treino com modelos totalmente diferentes. Não tenho o hábito de jogar com esse tipo de bola, mas vamos ver se me saio melhor na próxima partida”.

O placar dilatado pode ser explicado também por uma característica do esporte: a dificuldade de “quebrar o saque” do adversário. Quem inicia o ponto leva uma vantagem considerável em relação a quem está recebendo, podendo jogar a bola contra a parede e calcular a força necessária da batida, dificultando a devolução.

Na próxima terça, 6, ao meio-dia (horário de Brasília), Filipe volta ao complexo de Villa María del Triunfo para enfrentar o uruguaio Richard Airala e precisa vencer para avançar às semifinais.

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