MUNDO - As obras dos estádios que sediarão a Copa do Catar, em 2022, foram novamente criticadas por conta dos maus tratos aos trabalhadores locais. Nesta terça-feira (17), o sindicato mundial de atletas profissionais (FifPro) divulgou um vídeo para cobrar melhores condições.
De acordo com a contagem, atualmente, cerca de 5 mil trabalhadores cumprem funções nas obras do Catar. Porém, a projeção dá conta de que, até 2018, pelo menos 36 mil trabalhadores estejam dando andamento às obras.
“As condições de trabalho no Catar são cruéis. Eles [trabalhadores estrangeiros] trabalham como escravos. O futebol não pode aceitar isso”, afirmou Tom Hogli, jogador norueguês. “Podemos evitar uma situação assim no Catar se a Fifa respeitar as normas”, cobrou Mads Oland, diretor do sindicato de atletas da Dinamarca.
Em janeiro, a Anistia Internacional (AI) produziu um relatório sobre as condições subumanas dos estrangeiros no Catar. Entre os apontamentos, ficou registrado que todos são submetidos a jornadas de trabalho extra sem nenhum respaldo médico ou legal.
Uma das diretoras da Anistia Internacional, a alemã Regina Spottl, registrou que exercem atividades braçais por até 16 horas seguidas, durante seis dias por semana. No entanto, os responsáveis pela organização do torneio refutaram qualquer desrespeito à legislação trabalhista do país.
“O trabalho tem sido feito. Leis estão sendo alteradas e há mais fiscalização do governo. Progressos têm sido feitos com relação às acomodações, o resultado vem sendo entregue. Sempre defendemos que a Copa é um catalisador para uma mudança positiva”, reforçou Hassan al-Thawadi, secretário-geral do comitê que organiza o torneio.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.