SÃO PAULO - A revelação de Maria Sharapova no começo dessa semana sobre ter sido flagrada no exame antidoping durante o Aberto da Austrália surpreendeu o mundo do tênis. Na repercussão do caso, contratos de patrocínio já foram rompidos com a atleta, e nesta quarta-feira ela segue como alvo pela irregularidade que cometeu.

Reprovando a maneira com que a russa agiu pelo uso da substância proibida, o Ex-presidente da Agência Mundial Antidoping, Dick Pound, teceu críticas contra a tenista:

“Estar em um negócio de US$ 30 milhões depende de você estar apta a jogar tênis. Sempre que há uma mudança na lista, é noticiado no dia 30 de setembro antes da mudança. Você tem outubro, novembro e dezembro para parar de fazer o que está fazendo. Todos os tenistas receberam a notificação e ela tem uma equipe médica em algum lugar. Isso é um descuido além de qualquer descrição”, disse Pound, em entrevista para a emissora BBC Sport.

Sharapova fez uso de Meldonium, substância que só passou a ser proibida a partir da atual temporada. Na entrevista coletiva que convocou para dar o anúncio, a russa admitiu o erro por nâo ter checado a lista atualizada de produtos que não são permitidos, mas ressaltou que usava o Meldonium desde 2006 e que não houve má fé em sua ingestão que resultou na reprovação do teste em janeiro.

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