Tênis

Manipulação de resultados no tênis é revelado por imprensa britânica

Atletas podem ter manipulado resultados em troca de muito dinheiro.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
Escândalo foi revelado pouco antes do início do primeiro Grand Slam do ano.
Escândalo foi revelado pouco antes do início do primeiro Grand Slam do ano. (Greg Baker)

SÃO PAULO - A divulgação de um escândalo de manipulação de resultados no mundo do tênis assolou a modalidade horas antes do início do Aberto da Austrália. Segundo a imprensa britânica, 16 dos 50 jogadores mais bem colocados no ranking da ATP podem ter manipulado resultados em troca de grandes quantias em dinheiro de apostadores. Entre os jogadores envolvidos há, inclusive, vencedores de Grand Slam.

A BBC e o site BuzzFeed News não revelaram o nome de nenhum atleta, mas afirmam que a ATP consentiu que todos continuassem com suas carreiras, sem nenhum tipo de punição. Os veículos revelaram o ocorrido após conseguirem acesso a documentos confidenciais de 2007 do comitê de ética da ATP, órgão que regula o tênis mundial.

“Durante a última década, 16 jogadores do Top 50 mundial foram apontados ao comitê de ética do tênis por suspeitas sobre a manipulação de suas partidas”, informou a BBC.

Logo após a vitória na primeira rodada do Aberto da Austrália, Novak Djokovic, atual número um do mundo, falou sobre o caso e revelou que já recebeu ofertas para manipular resultados em troca de R$ 800 mil.

Segundo os documentos da entidade, apostadores da Rússia e da Itália chegaram a oferecer centenas de milhares de dólares aos tenistas em seus próprios quartos de hotel para que o resultado apostado se concretizasse e com isso arrecadavam fortunas. De acordo com as informações, oito dos tenistas envolvidos no escândalo estão disputando o Aberto da Austrália, que começou na madrugada desta segunda-feira.

Mark Philips, um dos investigadores do caso, comentou que dez jogadores estavam na “origem do problema”. “As evidências eram fortes, existia uma boa oportunidade para acabar (com a corrupção) na raiz, de criar uma forte dissuasão e eliminar os elementos corruptores”, disse.

Já o atual presidente da ATP, Chirs Kermode, negou que a entidade tenha mascarado o escândalo e permitido que todos os tenistas envolvidos retornassem às suas atividades normalmente sem qualquer tipo de punição.

“As autoridades do tênis rejeitam qualquer acusação de que teriam escondido provas de manipulação de resultados ou de que não teria sido completamente investigada. Nossa posição é de tolerância zero com qualquer forma de corrupção. Não somos indulgentes, estamos vigilantes”, afirmou.

Sobre investigações de 2007, Chris Kermode comentou que não havia provas o suficiente para incriminar os tenistas Nikolay Davydenko e Martín Vassallo Argüello, que poderiam ter manipulado o confronto entre eles no ano em questão. “Precisamos de provas e não de suspeitas ou boatos”.

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