MONTEVIDÉU (URUGUAI) - Em clima de revanche pelas polêmicas quartas de final da Copa América de 2015, Uruguai e Chile fizeram jogo quente na noite desta terça-feira. Mas, jogando em casa, dessa vez a Celeste levou a melhor por 3 a 0, em duelo válido pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, e impôs a primeira derrota da Roja na competição. Após o apito final, o ex-palmeirense Valdivia ainda foi expulso de campo.

Os gols que garantiram a vitória uruguaia foram anotados pelo zagueiro Godín e pelos laterais Álvaro Pereira e Martín Cáceres. Do lado chileno, a atuação coletiva foi apagada e pouco inspirada. Assim, mesmo com mais posse de bola, os comandados de Jorge Sampaoli mostraram pouca eficiência.

Com o resultado, a Celeste vai a nove pontos e pula para a vice-liderança, atrás apenas do Equador, acumulando três vitórias e uma derrota em quatro rodadas até aqui. Cavani e companhia têm seu próximo compromisso marcado para março de 2016, quando enfrentam o Brasil com a volta de Suárez após suspensão.

A seleção chilena, por sua vez, esfria os ânimos de seu torcedor após início animador e fica apenas na quinta posição na tabela, somando sete pontos. Volta a campo pelo torneio também em março do ano que vem, quando terá pela frente a Argentina.

Mesmo atuando como visitante diante do Centenário cheio, o Chile tomou a iniciativa ofensiva da partida, buscando o campo de ataque principalmente pelas laterais. Aos quatro minutos, Vargas teve a primeira chance ao bater da entrada da área, mas Muslera defendeu com facilidade. Depois foi a vez de Vidal, que tabelou com Isla e bateu colocado, mas mandou para fora, minutos antes de receber cartão amarelo por falta em Cáceres.

Aos 20 minutos, Jara fez falta em Cavani e um princípio de confusão se formou no gramado. O lance foi polêmico por lembrar o episódio da “dedada” do chileno no atacante do Paris Saint-Germain durante a Copa América, resultando em um cartão amarelo para cada lado, para Godín e Gary Medel. No minuto seguinte, o zagueiro do Atlético de Madri e capitão da Celeste deu a resposta na bola. Após chute de Corujo desviado por Coates, Godín dominou e bateu forte para abrir o placar, anotando seu terceiro tento nestas Eliminatórias.

Com mais posse de bola, o Chile seguia pouco inspirado no ataque, apostando em cruzamentos na área e chutes de longe, facilmente neutralizados pela defesa mandante. Nos minutos finais, González dividiu com Godín e o tempo voltou a fechar em Montevidéu, evidenciado o clima nervoso da partida.

A tensão prosseguiu no segundo tempo, e antes dos cinco minutos mais dois jogadores receberam cartões amarelos: Alexis Sánchez e Maxi Pereira. Com a bola rolando, Vidal foi responsável pela primeira boa chance de gol da segunda etapa ao dar bom passe para Vargas, que recebeu dentro da área e bateu fraco para a defesa de Muslera. Aos 14, Álvaro Pereira entrou no lugar de Lodeiro e logo em seguida balançou as redes. O lateral esquerdo ex-São Paulo aproveitou lançamento de Muslera, escorado por Cavani, e cabeceou encobrindo Bravo para aumentar a vantagem celeste.

Os chilenos mal tiveram tempo para absorver o golpe e, aos 19 minutos, viram o prejuízo aumentar. Após cobrança de Sánchez pelo lado esquerdo, o lateral direito Martín Cáceres se adiantou à marcação e cabeceou para o fundo do gol, colocando 3 a 0 no placar. Sampaoli reagiu trocando Mena e González por Beausejour e Matías Fernández, respectivamente.

O Uruguai, ainda assim, seguiu mais eficiente no ataque, conseguindo criar boas chances quando tinha a posse de bola. Em uma dessas escapadas, Arévalo tabelou com Sánchez e ficou cara a cara com Bravo, mas bateu e viu a bola desviar no goleiro adversário e sair por cima do gol. Pouco depois, Sánchez bateu colocado de fora da área e exigiu uma grande defesa de Bravo.

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