Eliminatórias

Na volta de Neymar, Brasil busca equilíbrio contra Argentina

Argentina e Brasil medem forças hoje à noite no Monumental de Núñez.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
Neymar está de volta à Seleção após cumprir dois jogos de suspensão nas Eliminatórias.
Neymar está de volta à Seleção após cumprir dois jogos de suspensão nas Eliminatórias. (Rafael Ribeiro / CBF)

BUENOS AIRES - Os fantasmas que perseguem a Seleção Brasileira desde o 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014 teimam em acompanhar o técnico Dunga nas Eliminatórias ao Mundial de 2018. A fim de convencer a torcida a esquecer de uma vez os traumas do passado, o time canarinho contará com o reforço de Neymar ao medir forças com a histórica rival Argentina, às 22 horas (de Brasília) desta quinta-eira, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Por mais imprevisível que seja o clássico, pesará a favor da equipe brasileira o fato de o adversário não poder contar com as estrelas Lionel Messi, Carlitos Tevez e Sergio Agüero.

Os três craques argentinos sofrem com lesões e foram vetados pelos médicos para o confronto. Já a Seleção esbanja expectativa com relação ao retorno de Neymar. Expulso na derrota por 1 a 0 para a Colômbia, na fase de grupos da Copa América, o craque brasileiro recebeu quatro jogos de suspensão da Conmebol e teve de cumprir metade da pena nas duas rodadas anteriores das Eliminatórias. Sem o astro do Barcelona, o time canarinho perdeu por 2 a 0 para o Chile, em Santiago, e venceu a Venezuela por 3 a 1, em Fortaleza.

Com os três pontos somados até o momento, o Brasil aparece no quinto lugar da competição. Para Dunga, a irregular situação da equipe ainda não é motivo para preocupação. “A pressão é a mesma. Os mais experientes sabem que nunca foram fáceis as Eliminatórias para o Brasil e outros times. A tendência é a dificuldade aumentar, porque as outras equipes têm jogadores na Europa. Nós precisamos estar habituados, a pressão sempre existirá”, afirmou.

Dunga tem sido cauteloso na hora de armar a Seleção. O técnico fechou todas as atividades que antecederam o clássico e não deu pistas sobre os titulares que pretende mandar a campo em Buenos Aires. Nos bastidores, especula-se que o contestado Oscar perderá a vaga para a entrada de Neymar. Outra mudança envolveria a saída de Daniel Alves para a volta de Danilo, já recuperado da lesão que o afastou dos jogos anteriores. No gol, o arqueiro Alisson, do Inter, deverá ser mantido na equipe principal.

Para sorte do Brasil, os desfalques de suas estrelas não serão os únicos problemas enfrentados pela Argentina nessa partida. Os fracassos nas finais da Copa do Mundo e da Copa América aumentaram a pressão da torcida sobre os atletas comandados por Gerardo Martino. Os protestos levaram a federação local a cogitar a mudança do clássico para o interior do país, onde o público costuma ser mais afetuoso com a seleção. Mas a estratégia não foi para frente e o duelo acabou confirmado para a capital.

Foi no caldeirão do Monumental de Núñez que os argentinos fizeram a sua desastrosa estreia nas Eliminatórias. Uma derrota por 2 a 0 para o Equador, seguida de um empate sem gols com o Paraguai, mantêm os hermanos na sétima posição. “A Argentina teve muitas chances contra o Equador e perdeu nos detalhes. Eles tiveram um contra-ataque e decidiram o jogo. Depende de como o jogo vai se mostrar. A vontade de todos os jogadores é fazer gols, mas muitas vezes temos que saber defender a atacar com a mesma eficiência”, disse o cauteloso Dunga ao comentar sobre a situação dos rivais.

Além de Messi, Tevez e Agüero, Martino não terá à disposição os defensores Zabaleta e Garay. O meia Pastore está com dores e também é dúvida. “É um alívio para qualquer equipe quando não podemos contar com alguns jogadores. Não creio que isso torna o Brasil favorito. É um clássico e os dois têm atletas importantes. As condições estão equiparadas”, afirmou o treinador argentino. “A identidade de uma equipe não se perde com uma derrota. O que mais me preocupa é trazer tranquilidade ao grupo de jogadores. Abstrair [a pressão] é muito difícil”.

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