SANTIAGO (CHILE) - Se muitas partidas da primeira rodada da Copa América não apresentaram um bom futebol, nesta segunda-feira o panorama foi mbem diferente. Pouco depois da dramática vitória da Bolívia sobre o Equador em Valparaíso, o Chile recebeu o time B do México no Estádio Nacional de Santiago e empatou por 3 a 3 em um jogo eletrizante.

Mesmo disputando o torneio como azarões, os mexicanos mostraram serviço e em nenhum momento foram presas fáceis para os chilenos. Pelo contrário, souberam aproveitar a fragilidade defensiva da Roja e conquistar um precioso pontinho no Estádio Nacional com mais de 45 mil torcedores.

Vuoso, duas vezes, e Jimenez marcaram para os comandados de Miguel Herrera, enquanto Vidal, também duas vezes, e Vargas descontaram para o Chile. Tudo isso sem contar dois gols anulados de maneira duvidosa pela arbitragem na segunda etapa: um de Valdivia, outro de Vidal.

Com o resultado, os donos da casa chegam aos mesmos quatro pontos da Bolívia no Grupo A da competição. Na sexta, a equipe de Jorge Sampaoli fecha a participação na fase de grupos no mesmo Estádio Nacional em confronto direto contra os bolivianos. Já o México, que chega a dois pontos, mede forças com o Equador em Rancagua precisando vencer.

Com um time “B” e sem muitas pretensões na Copa América, a seleção mexicana entrou em campo esperando o Chile atacar e buscando os contra-ataques. Justamente em um contragolpe, após falha generalizada da defesa chilena, Medina aproveita cruzamento de Jesús Corona e rolou para Vuoso inaugurar o marcador. Porém, os mexicanos nem tiveram tempo para comemorar. Um minuto depois, Aránguiz cobrou escanteio na área e Vidal cabeceou certeiro no canto de Corona para empatar.

Com a torcida inflamada, o Chile tinha tudo para buscar a virada rapidamente logo após empatar. No entanto, a retaguarda da Roja continuava dando sustos em seus torcedores. Pouco depois do gol que igualou o marcador, após mais um cruzamento de Jesús “Tecatito” Corona da esquerda, Flores cabeceou para grande defesa de Claudio Bravo, que espalmou a redonda no travessão.

Porém, a defesa do arqueiro do Barcelona de nada adiantou. No lance seguinte, Jimenez aproveitou cobrança de escanteio e, da marca do pênalti, cabeceou no canto alto de Bravo, que ainda tocou na bola antes que ela entrasse e novamente deixasse os chilenos na arquibancada com uma pulga atrás da orelha. Dentro de campo, a equipe mostrava sentir a pressão e tinha fortes dificuldades para sair jogando.

Apesar das falhas, a Roja voltou ao jogo aos 41 minutos. Sánchez descolou grande lançamento na direita para Vidal. O meia da Juventus ajeitou para Isla, que cruzou certeiro para o ex-gremista Vargas tocar de cabeça e empatar antes do apagar das luzes do primeiro tempo.

A etapa complementar seguiu com ritmo intenso, com os chilenos indo para cima desde os primeiros minutos. Aos 8, Arturo Vidal invadiu a área e foi atropelado por Flores: pênalti. Na cobrança, o craque da Juve converteu e colocou os mandantes à frente do placar pela primeira vez.

Dez minutos depois, a vantagem poderia ser ampliada, mas a arbitragem anulou um gol de Valdivia alegando impedimento de Vidal no momento da assistência ao Mago. Ironias do futebol, no lance seguinte, Aldreta lançou para Vuoso, que venceu a frágil defesa chilena e saiu na frente do goleiro Bravo, tocando com categoria para o fundo do gol e empatando outra vez.

A igualdade persistia, mas o Chile continuava tentando arrancá-la do placar. E chances não faltaram. Aos 27 minutos, após bela troca de passes, Valdivia recebeu com o gol praticamente aberto e bateu raspando a trave de Corona, que já estava vendido no lance. Aos 34, mais um gol anulado levou à loucura os mais de 45 mil torcedores presentes no Estádio Nacional. Jara descolou cruzamento na área e Alexis completou, mas o árbitro assinalou impedimento mais uma vez.

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