Vandalismo

Barbárie promovida por holandeses no centro de Roma assusta autoridades

O diretor esportivo do Feyenoord, Eric Gudde, reprovou a ação dos torcedores.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
(undefined)

ROMA - Horas antes do enfrentamento entre Roma e Feyenoord na última quinta, que acabou em 1 a 1 em jogo válido pela Liga Europa, torcedores do time holandês depredaram parte do centro da capital italiana e entraram em confronto com a polícia. Na quarta, 23 torcedores do Feyenoord já tinham sido presos por se envolverem em conflitos, mas o embate que antecedeu o jogo foi ainda mais grave.

Munidos com pedaços de pau, garrafas de vidro e pedras, os holandeses resistiram o quanto puderam à intervenção policial e inauguraram uma barbárie na praça central de Roma, ponto de encontro estipulado pelo grupo. Na imprensa italiana, a ocupação na praça foi tratada como um “inferno”, já que na última quarta 6000 holandeses ocupavam o centro de Roma – sendo que cabem pouco mais de 1000 torcedores no setor visitante do Estádio Olímpico.

A famosa Piazza di Spagna ficou devastada pelos torcedores, que quebraram as sinalizações, espalharam lixo pelas calçadas e quase entupiram a fonte recém-reformada com garrafas de cerveja. Ignazio Marino, prefeito de Roma, disse nesta sexta que ou o Feyenoord ou o Estado Holandês terão de arcar financeiramente com as consequências.

“Foi uma guerra urbana. Quem quebrou, deve pagar. Alguém tem que assumir a responsabilidade, seja o clube de futebol ou o governo holandês”, falou Marino à emissora italiana RAI, deixando claro que os torcedores presos na confusão serão deportados aos Países Baixos e não poderão retornar à Itália.

O diretor esportivo do Feyenoord, Eric Gudde, reprovou a ação dos torcedores fora do estádio e elogiou o apoio dado durante os 90 minutos, mas disse que o clube não tem responsabilidade sobre a ação da torcida. “Foi algo que totalmente afastado do que envolve o futebol e que encheu os olhos dos cidadãos de horror. Muitos torcedores viajam para apoiar a equipe, mas outros tem intenções diferentes, o que é muito triste”, falou. “Este não é um problema dos clubes, nos preocupamos com o espetáculo dentro do estádio. Apesar do empate, deixo a Itália com sentimento de vergonha”, prosseguiu ao site oficial do clube.

Já conhecidos na Europa por se envolverem em confusões, os torcedores do Feyenoord, espécie de “hooligans holandeses”, chegaram a causar o banimento da equipe da Copa da Uefa da temporada 2006/2007. Na ocasião, depois dos holandeses promoverem uma confusão com torcedores do Nancy-FRA, o clube de Roterdã foi expulso da competição e teve que ressarcir os franceses pelos danos causados, além de pagarem uma multa de cerca de R$ 350 mil.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.