Tênis

Wawrinka supera Berdych e alcança 1ª final de Slam

O adversário da final sai do confronto entre o Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

Depois de 12 anos de carreira profissional, Stanislas Wawrinka finalmente entrará em quadra para disputar um título de Grand Slam. Nesta quinta-feira, o suíço de 28 anos provou que a vitória sobre Novak Djokovic nas quartas de final não foi um acaso, e, em uma batalha de três tie-breaks, superou o tcheco Tomas Berdych por 3 sets a 1, parciais de 6/3, 6/7 (1-7), 7/6 (7-3) e 7/6 (7-4), alcançando a final do Aberto da Austrália de 2014. O adversário sai do confronto entre o seu conterrâneo Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, que jogam nesta sexta.

Esta será a primeira a primeira vez que Wawrinka disputará uma decisão de Grand Slam. Em grande fase nos últimos anos, o tenista tinha como melhor campanha de sua carreira a semifinal do Us Open de 2013, quando acabou derrotado pelo sérvio Novak Djokovic em uma batalha de cinco sets. As quartas de final na Austrália (2011) e em Roland Garros (2013), além das oitavas de final em Wimbledon (2008 e 2009), haviam sido os outros destaques da novela do suíço com os torneios de Grand Slam. Que ganhou o seu maior capítulo nesta quinta-feira.

Para ser ter uma ideia do quão duro é – ou era - este enredo, Stanislas Wawrinka tornou-se, com a vitória nesta manhã, o segundo jogador que mais disputou Slams antes de conseguir ser finalista - 36 vezes. O recordista ainda é o espanhol David Ferrer, que jogou 42 campeonatos deste porte até ser vice-campeão em Roland Garros, no ano passado. O triunfo na semifinal desta quinta também proporcionará a melhor posição da carreira do suíço, que saltará, pelo menos, da oitava para a sétima colocação do ranking da ATP.

O jogo desta quinta-feira, disputado na Rod Laver Arena, foi extremamente equilibrado. Daqueles em que qualquer ponto conquistado no serviço adversário representa algo que pode modificar o panorama de um duelo muito físico. No total, em 3h31m de partida, houve apenas uma quebra de serviço: no oitavo game do primeiro set, em favor de Wawrinka. De resto, os dois jogadores atuaram com eficiência em seus saques e deixaram para decidir as outras parciais somente nos tie-breaks.

No primeiro set, ambos os tenistas confirmaram os seus saques até o oitavo game. Com o placar apontando 4/3 para Wawrinka, Berdych foi para o serviço e acabou superado. Ele não conseguiu imprimir a pressão do outros pontos até então disputados, acabou castigado e amargando a desvantagem de 5/3. Na sequência, o suíço confirmou o seu saque e fechou a primeira parcial em somente 31 minutos. Os diferenciais, certamente, foram os números de bolas vencedoras (12 x 6) e percentual de pontos conquistados junto à rede (60% x 33%).

Na segunda parcial, a tônica seguiu a mesma. Os dois tenistas jogavam muito bem em seus serviços e, por isso, praticamente não ameaçavam o saque rival. Quando colocava a bola em jogo, no entanto, Berdych permitia menos esperança ao suíço, que, por sua vez, proporcionava um pouco mais de ‘emoção’ aos espectadores. No fim, o duelo foi para o tie-break, e o tcheco conseguiu uma mini-quebra logo de cara, abrindo 3-1. Ele seguiu impondo o seu ritmo e fechou a parcial com um implacável 7-1.

Sem novidades. Assim também foi o terceiro set. Novamente, os dois tenistas confirmaram todos os seus serviços e levaram a parcial ao desempate. Após uma troca de mini-breaks, Wawrinka tomou a dianteira do marcador e não largou mais: 7-3. O equilíbrio de todo o set foi refletido nas estatísticas. Ambos tiveram três aces, Berdych foi levemente superior nos pontos conquistados com o primeiro serviço (67 % x 66%) e nas bolas vencedoras (16 x 12), enquanto o suíço somou menos erros não forçados (10 x 11).

A quarta parcial, assim, como as três anteriores repetiu o estilo de jogo apresentado pelos tenistas. Ir para o saque era sinônimo de conquistar um game. Berdych chegou até a alcançar um 30-30 quando o placar apontava 6/5 a seu favor, mas Wawrinka mostrou agressividade e, novamente, levou o duelo para o tie-break. O terceiro em quatro parciais. Nele, o suíço conseguiu uma mini-quebra logo no primeiro ponto e chegou ao match point no 6-3. Cometeu uma dupla-falta, mas, imediatamente na sequência, contou com uma devolução errada do adversário para fechar o jogo e, enfim, garantir vaga para uma decisão de Grand Slam.

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