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PSG protagoniza encerramento da "janela" na Europa

Time francês contratou o espanhol Carlos Soler poucas horas antes do encerramento do prazo.

Gazetapress

Espanhol Carlos Soler foi apresentado no PSG
Espanhol Carlos Soler foi apresentado no PSG (Twitter oficial do PSG)

 SÃO PAULO - Para além dos altos investimentos da rica Premier League, apenas o Paris Saint-Germain, que nesta quinta-feira contratou o espanhol Carlos Soler poucas horas antes do encerramento do "mercato", foi o protagonista de uma janela de transferências europeia marcada pelas restrições econômicas.

Poucos grandes movimentos foram registrados nesta quinta-feira (1), sobretudo entre os grandes clubes do continente, em contraste com os excessos das equipes inglesas. De acordo com o site especializado Transfermarkt, o gasto total das equipes Premier nesta janela de verão foi próximo de 2,2 bilhões de euros, sem contar os movimentos registrados nas últimas horas.

A diferença em relação às outras quatro grandes ligas europeias (Espanha, Alemanha, Itália e França) é impressionante. Enquanto o saldo é negativo na Inglaterra (diferença entre o que foi gasto e recuperado), -1,3 bilhões de euros, na Itália, Alemanha e França, seus clubes fecharam o mercado com lucros, enquanto na Espanha a diferença não chega a -50 milhões.

Além disso, das cinco contratações mais caras, quatro foram de clubes da Premier: Antony para o United (95 milhões de euros), Wesley Fofana para o Chelsea (80,4 milhões), Darwin Núñez para o Liverpool (75 milhões) e Casemiro para o United (70 milhões). Apenas a transferência de Aurelien Tchuameni para o Real Madrid (80 milhões) quebra essa tendência.

Poder econômico da Premier League

A exceção de fora da Inglaterra é o PSG, pertencente a um próspero fundo catari, que já deu a primeira cartada no final de maio, quando anunciou a renovação de seu grande craque Kylian Mbappé, impedindo sua saída para o outrora irresistível Real Madrid.

E desde então, o PSG gastou mais de 100 milhões de euros para renovar a sua espinha dorsal, com as contratações dos espanhóis Fabián Ruiz e Carlos Soler e dos portugueses Renato Sanches e Vitinha, sem contar as transferências de Nuno Mendes e do atacante Hugo Ekitike, assim como a volta de Pablo Sarabia após o seu empréstimo ao Sporting na temporada passada.

"É uma nova aventura na minha carreira, e me sinto muito orgulhoso e animado por começar a trabalhar com meus companheiros, conhecê-los e dar tudo por esta camisa", disse Soler, a mais recente contratação do PSG, pela qual pagou ao Valencia 20 milhões de euros mais bônus, segundo a imprensa.

No entanto, a todo-poderosa equipe francesa não conseguiu realizar seu último desejo, o zagueiro eslovaco Milan Skriniar, que permanece na Inter de Milão.

Com tantas contratações, o PSG viveu últimas horas frenéticas de 'mercato' em termos de saídas, todas com a fórmula de empréstimo, exceto Idrissa Gueye, vendido ao Everton. Foram emprestados Julian Draxler (Benfica), Abdou Diallo (RB Leipzig), Layvin Kurzawa (Fulham) e Leandro Paredes (Juventus).

Barcelona vende para poder contratar

Os dois gigantes do futebol espanhol, Real Madrid e Barcelona raramente são protagonistas no último dia de mercado. O Barça passou as últimas horas se livrando de jogadores depois de um verão europeu marcado por gastos.

As chamadas 'alavancas' (uma ferramenta financeira que consiste na venda de ativos, especificamente 25% de sua receita de TV nos próximos 25 anos) permitiram aos catalães investir mais de 150 milhões de euros nas contratações de Robert Lewandowski (Bayern Munique), Raphinha (Leeds United) e Jules Kounde (Sevilla). Também chegaram como agentes livres Franck Kessie (do Milan) e Andreas Christensen (Chelsea).

Nas últimas horas, saíram Martin Braithwaite (para o Espanyol) e Sergiño Dest (para o Milan) e os dirigentes do Barça aumentavam as chances de transferir Pierre Emerick Aubameyang ou Memphis Depay para o Chelsea e trazer Marcos Alonso.

O Real Madrid, por sua vez, fechou o mercado dias atrás e a única grande operação foi a chegada do francês Aurelien Tchouameni (por 80 milhões de euros, além de bônus) e a venda de Casemiro ao Manchester United (por cerca de 70 milhões).

Nas últimas horas do "mercato" foram registrados alguns movimentos interessantes, como as chegadas ao Sevilla de Adnan Januzaj e Kasper Dolberg (com o objetivo de cobrir a saída de Lucas Ocampos para o Ajax), a contratação do atacante do Almería Umar Sadiq para suprir a venda de Alexander Isak ao Newcastle e a venda ao turco Trabzonspor do uruguaio Maxi Gómez, sem espaço no Valencia após a contratação de Edinson Cavani. O Valencia também anunciou a contratação do holandês Justin Kluivert.

Mais calmo ainda foi na Alemanha e na Itália, onde o 'mercato' se encerrou algumas horas antes do que no resto do continente.

Cristiano Ronaldo permanece no Manchester United

Na Inglaterra, o Manchester City completou seu elenco com a contratação do zagueiro do Borussia Dortmund Manuel Akanji (por 17,5 milhões de euros), embora o atual campeão já tivesse feito uma das grandes contratações do verão europeu no início da janela quando trouxe Erling Haaland, o atacante norueguês que já marcou 9 gols em seus primeiros cinco jogos na Premier League.

Ainda, o Liverpool anunciou a chegada do brasileiro Arthur Melo emprestado pela Juventus.

Quem vai continuar na Inglaterra, apesar de se ter protagonizado uma das novelas do verão devido à sua vontade de deixar o Manchester United, é Cristiano Ronaldo, que desta forma não poderá competir na Champions League, a mais prestigiada competição europeia de clubes que começará na próxima semana e para a qual os Red Devils não se classificaram.
 

 

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