Série C

Conheça o Volta Redonda, rival do Sampaio Corrêa na briga pelo acesso

Atual campeão invicto da Série D, o Voltaço quer evitar o retorno da Bolívia Querida à Série B.

Gustavo Arruda / Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h22
O Volta Redonda Futebol Clube quer impedir o acesso do Sampaio Corrêa. (Foto: Divulgação / Volta Redonda FC)
O Volta Redonda Futebol Clube quer impedir o acesso do Sampaio Corrêa. (Foto: Divulgação / Volta Redonda FC)

SÃO LUÍS - Dono da melhor campanha na primeira fase do Campeonato Brasileiro Série C, o Sampaio Corrêa está a dois passos do retorno à Série B, competição que disputou por três temporadas até ser rebaixado em 2016. A batalha do acesso, entretanto, não será fácil para a Bolívia Querida: do outro lado do campo, estará o Volta Redonda, que garantiu presença no mata-mata com a quarta posição do Grupo B e quer o segundo acesso consecutivo, depois de conquistar o título invicto da Série D no ano passado. Antes da primeira partida entre os tricolores, que será disputada neste sábado (16), o Imirante Esporte conta mais detalhes sobre o Volta Redonda Futebol Clube. Confira.

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A história

O Volta Redonda foi fundado em 9 de fevereiro de 1976, a partir de um projeto da Liga de Desportos do mesmo município, que queria garantir uma equipe no novo Campeonato Carioca, criado após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. Figura cativa na elite do futebol do Rio, o Voltaço fez a sua melhor campanha na competição em 2005, quando foi derrotado pelo Fluminense na final. Além disso, o Esquadrão de Aço já venceu uma Taça Guanabara, uma Taça Rio e três Copas Rio, além de conquistar três vezes a Série B do Carioca.

Nacionalmente, o Volta Redonda registra apenas três participações na elite do Campeonato Brasileiro, entre 1976 e 1978, mas conseguiu feitos históricos nas divisões inferiores. Além de conquistar o Campeonato Brasileiro Série D em 2016, o Voltaço também foi vice-campeão da Série C em 1995, perdendo o título para o XV de Piracicaba.

A campanha

De volta à Série C após 10 anos, o Volta Redonda começou bem a sua participação na Terceirona. Embalado pelo título da Série D na temporada anterior, a equipe do interior fluminense conquistou três vitórias nos cinco primeiros jogos e assumiu a liderança do Grupo B. Porém, nas rodadas seguintes, o Voltaço perdeu força e encerrou o primeiro turno na sexta colocação.

No returno, a equipe do Volta Redonda emplacou 3 a 0 sobre o Macaé na primeira rodada, mas não conseguiu bons resultados nas três rodadas seguintes e despencou para a sétima colocação da chave. Em seus cinco últimos jogos, o Voltaço reagiu e conquistou a classificação, com duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota, diante do líder São Bento. A vaga, entretanto, veio no sufoco: com o tropeço para o São Bento, o Esquadrão de Aço teve que secar Botafogo-SP e Joinville, que ficaram fora pelo saldo de gols.

O time-base

Com alguns remanescentes do time campeão da Série D em 2016, o Volta Redonda fez poucas mudanças no time titular durante a participação na Terceirona. O goleiro Andrey foi o dono da posição em 17 dos 18 compromissos do Voltaço na fase de grupos, Luiz Gustavo é o titular absoluto na lateral direita, e Michel Benhami ficou com a vaga na lateral esquerda durante o segundo turno. A zaga teve uma mudança: titular em 2016, Daniel Felipe entrou no lugar de Mailson, que deixou o clube após sofrer uma lesão, e agora forma dupla com Luan.

O meio-campo do Volta Redonda foi o setor que mais teve alterações, mas tem um trio definido: o volante João Cleriston tem a companhia dos meias Marcelo e Rafael Pernão. Os volantes Bruno Barra e Pablo também costumam aparecer na equipe, assim como os meias Jorge Luiz e Higor Leite. No ataque, que costuma ter três jogadores, dois nomes são certos: Dija Baiano e David Batista. Felipe Augusto ou Luã Lúcio disputam essa terceira vaga.

David Batista não deixou saudade no Sampaio Corrêa, mas é o artilheiro do Volta Redonda. (Foto: André Moreira / Saída de Bola)
David Batista não deixou saudade no Sampaio Corrêa, mas é o artilheiro do Volta Redonda. (Foto: André Moreira / Saída de Bola)

Os destaques

Os quatro principais jogadores do Volta Redonda fizeram parte do time campeão da Série D e continuam sendo importantes na disputa da Terceirona. No meio-campo, o volante João Cleriston é peça fundamental na marcação e na saída de bola, enquanto Rafael Pernão tem a responsabilidade de armar as jogadas.

No ataque do Volta Redonda, a dupla que deu certo na Quarta Divisão continua infernizando os oponentes na Série C. Com passagem sem muito brilho pelo Sampaio Corrêa, David Batista é a referência no Voltaço e já marcou sete gols na competição. Seu principal parceiro é o veloz Dija Baiano, autor de três gols e responsável pelas jogadas mais perigosas do time do interior fluminense.

O técnico

Com apenas 35 anos, Felipe Surian é um dos principais responsáveis pelo crescimento nacional do Volta Redonda. Ex-zagueiro e com rápidas passagens como treinador no futebol mineiro, Surian chegou ao Voltaço em 2016 e levou a equipe ao título invicto da Série D. Depois da conquista com o Volta Redonda, Felipe Surian aceitou proposta do América de Natal, que iria disputar a Quarta Divisão, mas não foi bem na equipe potiguar e rapidamente retornou ao Volta Redonda.

Felipe Surian é o comandante do Volta Redonda. (Foto: Divulgação / CBF)
Felipe Surian é o comandante do Volta Redonda. (Foto: Divulgação / CBF)

A situação de Felipe Surian foi bem parecida com a de Flávio Araújo em 2013: após levar a Série D no ano anterior com o Sampaio, o treinador foi para o Remo, onde não ficou muito tempo, e depois voltou para a Bolívia Querida, onde garantiu mais um acesso. A torcida do Sampaio só espera que Surian não repita o feito do experiente Flávio Araújo.

A torcida

O Volta Redonda sedia os seus jogos no Raulino de Oliveira, que tem capacidade para 18 mil torcedores e é considerado um dos estádios de melhor estrutura no país. Apesar do conforto e da boa fase do time, o torcedor do Voltaço não comparece em peso: a média de público da equipe é de apenas 909 torcedores, de acordo com o site Sr.Goool. O Sampaio Corrêa, por sua vez, tem uma média de 5.108 pagantes por partida.

Desempenho como mandante

Apesar do apoio tímido da torcida, o Volta Redonda tem uma campanha respeitável como mandante na Série C. Em nove jogos, o Esquadrão de Aço teve cinco vitórias e quatro empates. O ponto forte do Voltaço nos jogos em casa é o setor defensivo, que sofreu apenas três gols nos compromissos disputados no Raulino de Oliveira. Será um teste e tanto para o Sampaio, que é o melhor visitante da Terceirona, com cinco vitórias em nove jogos longe de seus domínios.

O Volta Redonda disputa as suas partidas no Estádio Raulino de Oliveira. (Foto: Divulgação / Volta Redonda FC)
O Volta Redonda disputa as suas partidas no Estádio Raulino de Oliveira. (Foto: Divulgação / Volta Redonda FC)

Desempenho como visitante

Dono de uma boa campanha como mandante, o Volta Redonda deixa a desejar fora do Raulino de Oliveira. Em nove compromissos, o Esquadrão de Aço conquistou apenas uma vitória, sobre o lanterna Macaé. Nos outros jogos, foram três empates e cinco derrotas. Fora de casa, o Voltaço ataca muito (fez 10 gols, segundo melhor time do Grupo B nesse aspecto), mas deixa espaços na defesa (sofreu 14 gols, melhor apenas que a defesa dos rebaixados Macaé e Mogi Mirim).

Artilharia do Volta Redonda na Série C:

7 gols: David Batista (atacante)

3 gols: Dija Baiano (atacante) e Marcelo (meia)

2 gols: Rafael Pernão (meia-atacante), Luã Lúcio (atacante) e Felipe Augusto (atacante)

1 gol: Adriano (atacante), Michel Benhami (volante), João Clériston (volante), Higor Leite (meia) e Pablo (volante).

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