Tragédia na Colômbia

''Esta dor não tem preço'', revela mãe de Ananias

Pela 1ª vez, dona Rosalia falou sobre tragédia com equipe da Chape.

Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
(Reprodução)

SÃO LUÍS - “A dor que uma mãe está sentindo não tem preço”. É este o sentimento de dona Rosalia Castro, mãe do atacante maranhense Ananias, que morreu no acidente aéreo envolvendo a equipe da Chapecoense na Colômbia. Pela primeira vez, dona Rosalia falou sobre a tragédia que tirou a vida de seu filho e de outras 70 pessoas. A entrevista foi concedida ao repórter Marcial Lima, da TV Mirante.

“Desde que eu soube da notícia, não estou andando com minhas pernas, estou no colo de Deus porque eu não tenho condições de andar com as minhas pernas”, disse a mãe. Dona Rosalia explicou que era muito ligada filho e que, frequentemente, conversava com ele apesar da distância. O último contato entre mãe e filho foi justamente na semana passada. “Ele tava bem, tava feliz com esse título que ele ia disputar”.

A família de Ananias viajará para a cidade de Chapecó para receber o corpo do jogador. Isso porque o velório coletivo ocorrerá na Arena Condá. “Estou indo para Chapecó para ficar perto da minha nora. Quero ir para lá dar apoio para minha nora e meu neto. Se o corpo do meu filho vai primeiro para lá, eu quero estar lá para receber o corpo do meu filho”, disse.

Sobre o acidente, autoridades colombianas confirmaram que o avião que transportava a delegação da Chapecoense caiu devido à falta de combustível. Bastante emocionada, dona Rosalia falou sobre a causa da tragédia e criticou o “desrespeito” à vida humana.

“Isso aí é irresponsabilidade do ser humano, desrespeito com a vida humana. Não se pode fazer isso. Uma vida humana não tem preço. A dor que uma mãe está sentindo não tem preço. Esse filho era tudo para mim. Como vai ser minha vida a partir de agora?”, emocionou-se.

Dona Rosalia explicou que Ananias era quem a sustentava e não deixava faltar nada a ela. “Meu filho era quem me sustentava, quem pagava as minhas contas. Comprou a minha casa, pagava meu plano de saúde. Meu filho tinha essa preocupação, mandava o dinheiro pra eu comprar meus remédios. Não sei [como vai ser agora]. Ainda não parei para pensar. Está nas mãos de Deus. Só Deus que pode confortar”, concluiu.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.