SÃO LUÍS - Os familiares, amigos e conterrâneos da maranhense Ana Paula comemoraram com festa e fogos de artifício o título do Mundial Feminino de Handebol, conquistado pela Seleção Brasileira. A atleta, de 26 anos, que cresceu na Liberdade, mudou a rotina ontem dos moradores da rua onde viveu grande parte da sua vida. Com bandeiras do Brasil e do Maranhão, as medalhas conquistadas por Ana Paula expostas na sala da sua casa e seu nome pintado no asfalto, eles se emocionaram até o fim da partida e foram premiados com o gol da camisa nove, que fechou o placar da vitória brasileira na Sérvia por 22 x 20.
Ainda faltavam 15 segundos de jogo, tempo longo para o esporte, mas a família e os amigos já tinham levantado da cadeira e soltavam o grito de “é campeão, é campeão”. Com quatro gols marcados, a atleta foi peça fundamental para a vitória do Brasil e fez com que a mãe, Gal Rodrigues, não conseguisse segurar as lágrimas de felicidade. “É na raça... O Brasil é campeão. Viva Ana Paula”, gritava, emocionada, a mãe, que distribuía camisetas com a foto da jogadora.
Dona Gal, o pai seu Severino Rodrigues, os irmãos e o marido John Belo não viam a hora de poder falar com Ana Paula, primeira maranhense a ser campeã mundial de handebol. O anúncio do título agitou o bairro, onde ela passou a infância e jogou suas partidas em campos de terra batida e está sendo motivo de comemoração nos bares e tema das conversas nas rodas de amigos. Para o marido, John Belo, ela é a melhor atleta da modalidade. “Os organizadores do torneio não a elegeram a melhor, mas para mim ela será sempre a número 1”, afirmou.
Ao fim do jogo, o telefone da casa na Rua Inglês de Souza tocou várias vezes. Todo mundo queria dar parabéns à família da atleta, que começou a aparecer nas quadras na escola estadual Barbosa de Godois.
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