Futebol

Pia Sundhage analisa desempenho do Brasil diante dos Estados Unidos no She Believes

Seleção Brasileira criou chances, mas perdeu para as norte-americanas.

Imirante Esporte, com informações da CBF

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Pia Sundhage, técnica da Seleção Brasileira.
Pia Sundhage, técnica da Seleção Brasileira. (Sam Robles / CBF)

ORLANDO (ESTADOS UNIDOS) - Neste domingo (21), a Seleção Brasileira Feminina entrou em campo pela segunda vez pelo Torneio She Believes, em Orlando (EUA). Diante das anfitriãs e atuais campeãs do mundo, a Canarinho mostrou um bom desempenho – sobretudo na segunda etapa – ao criar boas chances de gol, mas acabou superada pelo placar de 2 a 0. Após a partida, a técnica Pia Sundhage analisou a performance de sua equipe.

De acordo com a sueca, a pressão inicial que a Seleção sofreu na saída de bola foi bem efetuada pelas adversárias. Entretanto, a técnica destacou o poder de adaptação e o ganho de performance de suas comandadas no decorrer da partida.

“Os EUA fizeram isso (pressão) muitas vezes contra o Canadá, pressionando bastante. É claro que existe uma tática para enfrentar essa postura, porque elas ficam vulneráveis na retaguarda das ponteiras. Nós precisamos fazer duas coisas. Sermos mais agressivas, especialmente no meio de campo, as quatro da zaga foram bem, e quando roubarmos a bola, sermos mais espertas, mantermos mais a bola para transformar essa posse em ataque. Conseguimos fazer um pouco disso hoje, mas não nos primeiros 20 minutos. Aos poucos, o que me deixou orgulhosa, nós fomos aumentando a posse de bola e criamos algumas boas chances”, analisou Pia.

Com o resultado, o Brasil permanece com três pontos em dois jogos realizados. Na próxima quarta-feira (24), a Canarinho volta a campo para medir forças contra o Canadá. Antes mesmo do término da competição, Pia Sundhage se mostrou satisfeita com o nível de competitividade apresentado no Torneio She Believes até então. Segundo a treinadora, esse tipo de teste em alto nível é fundamental para o crescimento coletivo do grupo.

“Com esse jogo, com o último também (Argentina), assim como o próximo contra o Canadá, nós teremos algumas respostas. Estou muito feliz com a qualidade deste torneio, isso é muito bom para nós. Sabemos o que temos que trabalhar. Algumas partes do nosso jogo estão indo muito bem, especialmente quando estamos criando chances, tanto nos contra-ataques quanto na posse de bola no último terço do campo. Então pudemos mostrar para as jogadoras um jogo bem jogado. Olhando para frente, temos que nos atentar com a forma de nos defender e o nível de preparo físico. Temos mais alguns meses até as Olimpíadas, então hoje estou desapontada porque perdemos e cedemos dois gols, mas ao mesmo tempo estou feliz porque temos o que melhorar após esse 2 a 0”, explicou a treinadora do Brasil.

Além de comentar sobre o desempenho coletivo da Seleção, Pia também aproveitou a conversa com a imprensa para analisar alguns destaques individuais do Brasil durante a partida – tanto na defesa quanto no ataque. Na retaguarda, a comandante elegeu a zagueira Rafaelle como a melhor atleta em campo. Já no comando de ataque, a técnica sueca elogiou a velocidade oriunda da conexão entre Ludmila e Debinha.

“Acho que a Rafa foi a melhor jogadora em campo. Ela foi muito bem defensivamente e também no ataque. Ela será muito importante para o nosso caminho até os Jogos Olímpicos. Também gosto de ter uma atleta canhota no sistema defensivo como a Tamires. Acho que as jogadoras de frente foram bem também, lembrando que estamos jogando contra atletas muito habilidosas, campeãs mundiais. É importante analisar outras defensoras, claro, para termos mais opções. É por isso que temos mais partidas no horizonte”, comentou Sundhage, antes de analisar o sistema ofensivo.

“A Ludmila criou boas chances porque é muito rápida. Acho que há espaço para melhora entre as duas, tanto a Ludmila quando a Debinha. Temos muitas opções nessa zona. Sabemos que com a Ludmila ganhamos bastante velocidade, ela é uma atacante forte. Se elas duas jogarem um pouco mais próximas, se conectarem mais, irão atuar ainda melhor juntas. É bem interessante observar essa dupla no ataque”, concluiu a técnica do Brasil.

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