Santos, 108 anos

Maiores campeões pós-era Pelé lembram conquistas

A era Pelé compreende o período em que o Peixe, liderado por seu maior ídolo, conquistou praticamente tudo o que disputou.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08

SANTOS - As décadas de 50 e 60 são as mais marcantes do Santos Futebol Clube, que nesta terça (14) comemora 108 anos de história. A era Pelé compreende o período em que o Peixe, liderado por seu maior ídolo, conquistou praticamente tudo o que disputou, como Mundiais (dois), Libertadores (duas), Brasileiros (seis, sendo cinco Taças Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão) e Campeonatos Paulistas (10).

Após conquistas esporádicas nas décadas que encerraram o século XX, o torcedor alvinegro voltou a comemorar títulos com frequência a partir de 2002, quando a geração de Robinho e Diego recolocou o time praiano no topo do futebol brasileiro. Em 2011, Neymar e companhia levaram os santistas à reconquista da América. Entre 2001 e 2019 foram 12 taças, se tornando o quinto clube do país com mais troféus no período.

Os dois personagens da história alvinegra que conversaram com a Agencia Brasil são parte importante desse século XXI. O ex-lateral-esquerdo Léo e o goleiro Vladimir, que integra o atual elenco, são os maiores campeões pelo clube após a era Pelé, com oito títulos cada.

Dois títulos internacionais (Libertadores e Recopa), três nacionais (dois Brasileiros e uma Copa do Brasil) e três estaduais. Carioca de Campos dos Goytacazes, Leonardo Lourenço Bastos é o 10º atleta que mais defendeu o Santos na história (456 jogos). E não são poucos os motivos que fizeram Léo ser tão identificado com a torcida santista. Foi dele, por exemplo, o gol que sacramentou a conquista do Brasileirão de 2002, na vitória por 3 a 2 diante do arquirrival Corinthians. Taça, aliás, que ele considera a mais marcante da carreira pelo clube, mais até que a da Libertadores de 2011.

“Vejo aquele Brasileirão como um marco na história do Santos, que vinha de 18 anos sem títulos mais relevantes. Além disso, começamos aquele campeonato com o objetivo de escapar do rebaixamento. Tudo mudou em poucos meses. Ver o Morumbi lotado, com milhares de santistas chorando de alegria, é uma imagem que não sai da minha cabeça”, contou à Agência Brasil.

Escolhido para utilizar camisas comemorativas alusivas a aniversários do Santos quando jogador, o ex-lateral-esquerdo foi também protagonista do centenário da Vila Belmiro, em 2016, homenageado com uma partida de despedida (ele havia pendurado as chuteiras dois anos antes). O adversário foi o Benfica, clube que Léo defendeu entre 2005 e 2009. No período em Portugal, enfrentou várias vezes o Porto, à época dirigido pelo atual comandante santista, Jesualdo Ferreira.

Ele, aliás, é só elogios ao treinador português, que vem sendo pressionado pelo início irregular no Santos. “O Jesualdo me deu muito trabalho [risos]. É um treinador sério, competente. Tem um estilo de jogo definido e sabe lidar com os atletas, faz com que eles joguem e se dediquem por ele. Tem tudo para fazer um bom trabalho”, analisou o ex-lateral.

Léo vive atualmente em Santos (SP) com a família. Apesar de afastado dos gramados, o amor pelo clube que o projetou após chegar do União São João de Araras (SP) no fim dos anos 90 não arrefeceu: “O Santos sempre foi tudo. Minha segunda casa, o time que escolhi para torcer. O que seria do futebol brasileiro sem o Santos? O Santos é primordial para o planeta. Fico feliz quando torcedores me colocam em equipes do Santos de todos os tempos, mas, nunca esperei por isso. Só de ter feito parte, de ter jogado em um clube com essa história riquíssima, já fico feliz”.

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