Natação

Felipe Lima e João Gomes Junior fazem história no Mundial de Gwangju

Brasileiros sobem ao pódio na prova dos 50m peito.

Imirante Esporte, com informações da Rede do Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h12
Felipe Lima e João Gomes Junior: inédita dobradinha brasileira em um mundial da natação.
Felipe Lima e João Gomes Junior: inédita dobradinha brasileira em um mundial da natação. (Sátiro Sodré / Rede do Esporte)

GWANGJU (COREIA DO SUL) - Foi uma cena histórica e, até então, jamais vista em campeonatos mundiais de natação de piscina longa: duas bandeiras do Brasil hasteadas simultaneamente em uma mesma cerimônia de premiação. A exemplo do que fizeram Ana Marcela Cunha, nas maratonas aquáticas, e Nicholas Santos, nos 50m borboleta, os brasileiros Felipe Lima e João Gomes Junior escreveram um capítulo inédito para a natação brasileira na disputa dos 50m peito no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju.

Nesta quarta-feira (24) à noite na Coreia do Sul, manhã de quarta-feira no Brasil, Felipe e João, que treinam juntos no Pinheiros e dividem o quarto na vila dos atletas no Mundial em Gwangju, conquistaram as medalhas de prata e bronze na prova. Com isso, se tornaram os primeiros nadadores do país a protagonizar uma dobradinha em Mundiais em piscina olímpica (50 metros).

Em mundiais de piscina curta (25m), não olímpica, o Brasil já havia conquistado dobradinhas com Gustavo Borges e Fernando Scherer, o Xuxa, em 1993 e 1995, nos 100m livre. Nas maratonas aquáticas, Poliana Okimoto foi ouro nos 10km e Ana Marcela Cunha foi prata no Mundial de 2013, em Barcelona. No mesmo mundial, as duas também conquistaram a prata e o bronze nos 5km.

Em uma chegada emocionante, o fenomenal britânico Adam Peaty – recordista mundial da prova e único atleta em todos os tempos a fechar a distância nesse estilo na casa dos 25 segundos, com 25s95, tempo cravado no Mundial de Budapeste, em 2017 – levou o ouro, dessa vez com 26s06. Felipe terminou a prova em 26s66, três centésimos à frente de João, que cravou 26s69.

“É uma sensação inexplicável, incrível”, resumiu Felipe, ao comentar o que sentiu durante a premiação. “Estar no pódio com dois brasileiros em uma prova tão forte como essa, os 50m peito, é magnífico. E nós só estamos atrás do recordista mundial. Estou feliz com o resultado. Essas medalhas vêm para fazer história e espero que sirva de incentivo para essa garotada que está vindo nessa caminhada com a gente. Que as crianças nos vejam como referência”, continuou o nadador, de 33 anos, que chegou ao segundo pódio em Mundiais de piscina longa, depois do bronze nos 100m peito em Barcelona 2013.

“É um momento indescritível. A gente batalha muito para almejar esse resultado. Ver uma dupla bandeira do Brasil é uma parada surreal”, emendou João Gomes, que, no Mundial de Budapeste, em 2017, foi medalha de prata nos 50m peito.

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