No Maracanã

Homenagem à Chape e gol de Zico marcam Jogo das Estrelas

A equipe vermelha, liderada pelo Galinho, venceu a partida por 8 a 4.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
Zico e Neymar formaram dupla na noite desta quarta-feira, no Maracanã.
Zico e Neymar formaram dupla na noite desta quarta-feira, no Maracanã. (Reprodução)

RIO DE JANEIRO - Um dos maiores craques que o mundo do futebol já viu em campo comandou a última ‘pelada’ de 2016. O Jogo das Estrelas fechou a temporada e mais uma vez Zico foi o grande destaque. O Galinho se divertiu, riu, fez gol, deu assistência, foi ovacionado e ainda prestou diversas homenagens emocionantes. No fim, 8 a 4 para a equipe vermelha, defendida pelo anfitrião, para um público de 58.382 no estádio do Maracanã.

Antes da bola rolar, Zico se juntou a Alexandre Torres (filho do Capita, que faleceu recentemente), Camilo, Roberto Dinamite, representando os quatro maiores clubes do Rio de Janeiro, além de Edu Coimbra, ex-América, e Maringá, diretor da Chapecoense. Juntos, eles puxaram a fila e levaram a bandeira do clube catarinense ao campo.

A homenagem foi muito forte para Mateus Pallaoro, filho de Sandro, ex-presidente da Chapecoense, um dos convidados para a 13ª edição do Jogo das Estrelas. “O maior ídolo do meu pai no futebol era o Zico. Meu pai tinha o sonho de conhecê-lo, e agora cumpri esse sonho”, disse o garoto ao Sportv, sem segurar as lágrimas.

“A gente não queria fazer essa homenagem (à Chapecoense) e ter o problema que teve. O Caio Junior, um mês antes, marcou comigo de o pai do Mateus vir, e eu estava com a camisa assinada, tudo pronto, mas, no fim, ele disse que não podia vir. E eu fiquei devendo essa. A retribuição é aqui ao Mateus”, contou Zico, também emocionado, no intervalo do jogo.

Pouco antes, a equipe do eterno camisa 10 do Fla abriu vantagem de 4 a 2 no placar, de virada. Marinho fez dois, enquanto Neymar e Zico marcaram um gol cada um. Pelo time de branco, Emerson Sheik foi as redes duas vezes.

A hora então era de mais homenagens. Carlos Alberto Torres e Raul Quadros foram lembrados por Zico. Mas, em seguida, a entrada em campo dos campeões mundiais de 1981 pelo Flamengo levaram ao delíria a maior parte dos torcedores que estavam nas arquibancadas. Júnior ergueu a taça da Libertadores e Zico a do Mundial Interclubes daquele ano em referência aos 35 anos das maiores conquistas rubro-negras.

Dai para frente, foram muitas substituições. Pelo time branco, Cássio, Alcindo, Vitinho, Zinho. Aldair, Sorato e João Paulo e Gleguer foram alguns dos que entraram, enquanto o time de vermelho teve Loco Abreu, Sávio, Gilberto e Getúlio Vargas como algumas novidades.

O clima ficou ainda mais divertido com as provocações que envolviam o histórico dos atletas ou ex-jogadores. Loco Abreu e Renato Gaúcho sofreram com muitas brincadeiras, enquanto Neymar era sempre muito aplaudido. O jogador do Barcelona deixou o gramado na metade do segundo tempo e deu suas chuteiras de presente ao filho de Beto, ídolo do Fla.

Já Zico, ao sair de campo nos minutos finais, deu lugar ao seu neto de apenas oito anos. Muito feliz, o Galinho recebeu uma verdadeira ovação de todos. E o garoto Felipe foi o responsável por fechar a vitória de seu avô por 8 a 4. Neymar, Fumagalli e Loco Abreu ajudaram com mais gols na etapa final. João Paulo e Vitinho amenizaram o prejuízo.

“Obrigado ao Neymar, que se deslocou para poder abrilhantar essa festa. Rafinha, Renato Augusto, Capdevilla tava comigo na Índia e está encantado com o Maracanã. Obrigado a todos que participaram. A gente fica feliz. Não é uma homenagem que eles merecem, mas acho que o importante é o amor, o sentimento que todos sentimos na perda de tantos amigos. Tinha perdido Carlos Alberto Torres, Raul Quadros. Estou feliz por ter dado tudo certo”, disse Zico, para fechar a sua festa com chave de ouro.

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