Retorno

Alan Ruschel deseja voltar e participar de reconstrução da Chapecoense

Primeiro sobrevivente brasileiro a receber alta retornou à Arena Condá neste sábado (17).

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
Emocionado, Alan Ruschel quer voltar a jogar pela Chapecoense o mais rápido possível.
Emocionado, Alan Ruschel quer voltar a jogar pela Chapecoense o mais rápido possível. (Foto: Divulgação/Chapecoense)

CHAPECÓ - Primeiro dos sobreviventes brasileiros a receber alta médica, Alan Ruschel retornou à Arena Condá neste sábado, 18 dias após o acidente envolvendo a delegação da Chapecoense nas imediações de Medellín, na Colômbia. Muito emocionado, o atleta garantiu que espera voltar aos gramados o mais rápido possível.

“Farei de tudo para voltar a jogar. Com muita paciência, farei de tudo para dar muita alegria para esse pessoal aqui”, disse o lateral esquerdo, vestindo a camisa da Chape. “Estava indo para um jogo, tu não sabe o que vai acontecer daqui a 10 minutos. O que eu levo da lição é viver a vida, aproveitar a vida e fazer o bem. O que os médicos fizeram por mim durante esses dias não tem explicação”, completou o atleta.

Assim como o companheiro Neto, outro dos quatro brasileiros que resistiram ao desastre aéreo, Ruschel não se lembra do momento da queda do avião. Sua última memória é do voo, quando trocou de lugar. “Eu estava sentando mais para trás e o Cadu (diretor da Chapecoense, faleceu no acidente) pediu para eu sentar mais na frente, para os jornalistas sentarem no fundo”, explicou. Segundo o lateral, o goleiro Jackson Follmann, outro sobrevivente, insistiu para que ele se sentasse ao seu lado.

Aliviado pelo retorno a Chapecó e reencontro com a família, Alan Ruschel se mostrou ansioso para voltar ao time. De acordo com a previsão do próprio jogador, poderá jogar em aproximadamente seis meses. “Falei para o Mendonça (médico do clube) na Colômbia que eu queria voltar antes, mas ele disse que precisava calcificar a coluna, que daria mais três meses e mais com fisioterapia e trabalho ele via grandes chances de voltar. Eu fiz as minhas contas. Calculei três meses para calcificar, já passou um, quase 20 dias, mais dois ou um mês e meio para fortalecer a coluna e mais uns três meses para recuperar a massa, que estou só na ‘capa do grilo’ agora”, contou, arrancando risos.

Ciente do grande desafio que será reconstruir a delegação do time, Ruschel relembrou a forte união do grupo, finalista histórico da Copa Sul-Americana. “Espero voltar e levar o ambiente de antes para dentro do vestiário pros próximos atletas que chegarem”, finalizou.

O goleiro Follmann, primeiro a ser transferido de volta ao Brasil, na última segunda-feira, deverá chegar a Chapecó neste sábado. O arqueiro, que teve parte da perna direita amputada e passou por cirurgia em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, ficará internado no Hospital Unimed da cidade catarinense, onde estão o zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel.

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