Copa do Brasil

Grêmio recebe Atlético para confirmar título e por fim a jejum de 15 anos

Time gaúcho venceu jogo de ida por 3 a 1, em Belo Horizonte.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
Tricolor Gaúcho está com a mão na taça após vitória por 3 a 1 em BH, mas precisa driblar ansiedade.
Tricolor Gaúcho está com a mão na taça após vitória por 3 a 1 em BH, mas precisa driblar ansiedade. (Lucas Uebel/GFBPA)

PORTO ALEGRE - O Grêmio não tomou conhecimento do Atlético-MG e venceu por 3 a 1 em pleno Mineirão na ida da final da Copa do Brasil, ficando muito perto da conquista. Porém, ainda restam 90 minutos para o fim da ansiedade do torcedor tricolor para voltar a comemorar um título nacional depois de 15 anos de jejum.

Nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), o Tricolor Gaúcho recebe o Galo em sua Arena podendo até perder por 2 a 0 para sagrar-se campeão. Ao Atlético, resta a esperança de conquistar mais uma virada histórica na base do “Eu acredito”, famoso grito que embalou sua torcida nas conquistas da Copa Libertadores de 2013 e da própria Copa do Brasil de 2014.

Tudo que o torcedor gremista quer é dar adeus à ansiedade. Para isso, é mais que necessário que o horário do jogo se aproxime. Isso porque o Tricolor Gaúcho quer amanhecer na quinta-feira com a certeza que o jejum de 15 anos se títulos nacionais se foi. E essa situação se agrava com a grande vitória tricolor em Belo Horizonte, que fez a equipe praticamente colocar a mão na taça.

Para levantar o troféu, no entanto, é preciso ter cautela. O adversário já mostrou que tem capacidade de virar – e histórico também. Atento, Renato Gaúcho mostrou sua malandragem ao blindar seu grupo. A concentração começou na segunda-feira, evitando assim qualquer clima de “já ganhou” do grupo.

Renato quer esquecer que seu time venceu o Atlético por 3 a 1 no Mineirão. O treinador quer manter a concentração, não quer mudança no clima, deseja seriedade total para enfrentar o Galo. O título está próximo, sobretudo por causa da vantagem, mas ainda restam 90 minutos.

Por todo foco, Renato fechou seus últimos treinos antes do jogo contra o Galo. Seu time titular fez um trabalho contra garotos da base que se comportou em campo como o Atlético costuma jogar. Seu único problema é o atacante Pedro Rocha, destaque do jogo de ida com dois gols, mas que foi expulso na etapa final e não poderá entrar em campo na grande decisão. Com isso, Everton deve herdar a vaga.

Pela volta do “Eu acredito!”

O cenário era péssimo. Mas, mesmo assim, quando o zagueiro Gabriel balançou as redes, aos 36 minutos do segundo tempo do jogo de ida das finais da Copa do Brasil, a torcida atleticana gritou: “eu acredito, eu acredito, eu acredito”. É preciso mesmo ter muita fé na virada, afinal, àquela altura, o Galo sofria a derrota por 2 a 1. Minutos depois, o Grêmio conseguiu o terceiro, em falha geral da defesa alvinegra que se lançava com vigor em busca do empate.

Para se preparar para essa decisão, o Galo mudou. Os resultados nos últimos meses não agradavam. Embora tivesse chegado à decisão da Copa do Brasil, o futebol apresentado pelo clube preto e branco era sofrível. Na visão de Daniel Nepomuceno, presidente atleticano, era preciso alterar alguma coisa. E foi no banco de reservas que ele achou a resposta – ou pelo menos supôs. Após a queda no Mineirão, Daniel desligou o técnico Marcelo Oliveira entre as duas partidas das finais – atitude nunca antes tomada por um clube em uma final de Copa do Brasil.

Sem Oliveira, pesou nas costas do jovem Diogo Giacomini a responsabilidade de virar o jogo. O treinador que há poucos dias comemorou o nascimento de mais um filho, deseja dar de presente para o seu novo pequeno a taça na bagagem no retorno a Belo Horizonte. Mas para isso acontecer, é preciso trabalhar, e muito.

E foi isso que o Atlético fez. A equipe aproveitou o tempo pelo adiamento da partida na última semana por conta da tragédia com o avião da Chapecoense na Colômbia e se preparou ainda mais. Será a oportunidade para Giacomini colocar em campo sua filosofia de jogo. Ele, inclusive, deve mudar o modo de o Galo jogar. O que será feito, no entanto, ninguém sabe ao certo, a não ser jogadores e comissão técnica. Isso porque o treinador fechou todos os trabalhos antes da decisão.

O pouco que Giacomini deixou a imprensa perceber foi que pode usar um esquema com três volantes. Uma pequena parte de um trabalho que foi visto tinha no meio campo Rafael Carioca, Júnior Urso e Leandro Donizete. O jovem Luan, porém, se recuperou de contusão e pode retornar à equipe. Se optar por Luan, o Galo ganha em velocidade com um atleta que já cumpriu funções de volante apoiando o ataque – como um terceiro homem de meio campo.

Se for Carioca, terá a habilidade na saída de bola e mais força na marcação. Em entrevista coletiva, o camisa 5, inclusive, mostrou um dos pedidos de Giacomini. “Diogo conversa com a gente pra espelhar o que o Grêmio faz. Grêmio teve muito a bola no Mineirão, com mais jogadores no meio. É importante ter a posse de bola”, observou.

Para o jogo, o Galo não terá o meia Romulo Otero, ainda entregue ao departamento médico. Porém, ganhará o reforço de todo o elenco que viaja para Porto Alegre para apoiar os companheiros que vão para a partida.

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