Sob pressão

Oswaldo rebate críticas e pede tempo: “Não faço milagre em 30 dias”

O Timão soma 50 pontos e está na sétima colocação.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
Sabendo que está sob pressão, o treinador se defendeu lembrando o pouco tempo de trabalho.
Sabendo que está sob pressão, o treinador se defendeu lembrando o pouco tempo de trabalho. (Djalma Vassão/Gazeta Press)

RIO DE JANEIRO - Oswaldo de Oliveira já tem seu trabalho questionado com pouco menos de um mês no Corinthians. Em cinco jogos, o treinador perdeu dois e empatou outros dois confrontos – um aproveitamento de apenas 33% – resultados que tiraram o Timão do G6 do Campeonato Brasileiro. Sabendo que está sob pressão, o treinador se defendeu lembrando o pouco tempo de trabalho.

“Nesses dias eu pensei: vamos recapitular a história do Corinthians no ano. Trocou treinador, perdeu jogadores, uma série de situações. Eu não caí de paraquedas, mas vim no meio do tiroteio e me deparei com essa situação. Temos que corrigir, resgatar o que já tinha sido feito. Estou aqui para trabalhar e não para fazer milagre, tirar leite de pedra. Não que aqui tenha pedra também. Mas minha interferência é diretamente proporcional às condições de trabalho que tenho, não posso levar como um peso para o meu trabalho, tenho que encarar com normalidade. Um mês em futebol é difícil, ainda mais acabando temporada”, disse o treinador.

Ainda se defendendo das críticas, Oswaldo lembrou trabalhos de sucesso que teve em temporadas passadas, incluindo os cinco vitoriosos anos que ficou no Kashima Antlers, do Japão, e premiações individuais como melhor técnico do Campeonato Paulista em 2014 e 2015, por Santos e Palmeiras, respectivamente.

“As mesmas pessoas que criticavam os dirigentes que me despediram de forma injusta dos outros clubes disseram que meus trabalhos eram ruins depois. Se meu trabalho não foi bom, por que fui eleito melhor treinador do Paulistão por Santos e Palmeiras? Muitas vezes isso passa batido no futebol. Por isso não me aterrorizo com os resultados que o Corinthians tem conseguido até agora, prefiro programar meu trabalho para que isso que está acontecendo seja parte inicial de um trabalho que terá continuidade e vitórias e títulos à frente”.

“Eu passei cinco anos no Japão e ganhamos nove títulos, tricampeão japonês direto. Quais foram os brasileiros que ganharam o que ganhei lá? Pois é. Não é algo sem representatividade. Eu detesto fazer isso que estou fazendo, falar dos meus títulos, das minhas glórias. Quando fazem pesquisa para dizer que meus últimos trabalhos não foram bons, essas coisas deviam ser levadas em consideração. Quando tenho tempo consigo fazer, porque não sei fazer milagre em 30 dias. Mas se me der tempo para trabalhar pode ter certeza que vai acontecer”, completou.

Apesar de falar em tempo de trabalho, Oswaldo sabe que sua continuidade está ameaçada caso o Corinthians não conquiste uma vaga na próxima edição da Libertadores. O Timão soma 50 pontos e está na sétima colocação, enquanto o Atlético-PR fecha o G6 com um ponto a mais. Consciente, o treinador preferiu não falar do futuro na equipe.

“Isso tudo é muito abstrato, não posso me prender a isso (de ficar no clube ou não). As coisas vão acontecendo. A minha ideia é dar continuidade ao trabalho e ter tempo de fazer uma grande equipe para conquistar vitórias e títulos”, finalizou.

O Corinthians encara o Figueirense, nesta quarta-feira (16), às 21h45 (de Brasília), no Orlando Scarpelli, pela 35ª rodada do Brasileirão.

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