Campeonato Brasileiro

Em nota, Levir Culpi critica Fluminense: "time que mais demite técnicos"

O treinador deixou o Tricolor após a derrota para o Cruzeiro no Mineirão.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
Levir Culpi foi demitido do Fluminense e criticou o clube em nota.
Levir Culpi foi demitido do Fluminense e criticou o clube em nota. (Nelson Perez / Fluminense FC)

RIO DE JANEIRO - O técnico Levir Culpi emitiu nota em seu site oficial comentando sua saída do Fluminense. O treinador foi demitido após a derrota dos cariocas para o Cruzeiro, por 4 a 2, que aumentou a sequência sem vitórias do time para seis jogos.

No texto, Levir fez algumas críticas, mas também aproveitou para agradecer tanto aos funcionários do clube, como também aos torcedores do Flu.

“Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota”, afirmou o ex-treinador do Tricolor.

Culpi também aproveitou para citar as eleições presidenciais da agremiação, que acontecem no fim de novembro. “Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência?”, questionou Levir, citando a divisão presente no Fluminense.

Ao todo, o técnico comandou os cariocas por oito meses. Logo em seu início de trabalho, conquistou seu único título à frente do Flu: a Primeira Liga, batendo o Atlético-PR na final. No Carioca e na Copa do Brasil, o clube caiu no meio do caminho.

No Campeonato Brasileiro, a campanha foi inconstante. Em determinado momento, o time de Levir chegou a entrar na zona de classificação à Libertadores, mas teve queda de rendimento. Faltando quatro rodadas, ocupa o nono lugar, com 49 pontos, dois atrás do G6.

Confira a nota oficial de Levir Culpi:

Estou “puto da cara”, mas preciso dizer algumas palavras.
Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense. Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota.
Conquistamos a Primeira Liga no ano mais difícil da história do Flu. Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que fizemos o primeiro jogo no Maracanã.
Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência?
Depois de tantos meses, ainda não sei o nome de todos os funcionários e companheiros de trabalho, mas agradeço a torcida do Flu e todos àqueles que torceram por nós.
Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por influência de outros.
Esses meses entre “céu” e “inferno” estarão inclusos no livro “De volta ao inferno”, quando falarei sobre o retorno ao futebol brasileiro depois de sete anos no Japão, com as passagens pelo Galo mineiro e agora o Flu. Assim como o livro anterior, “Um burro com sorte”, esse livro terá toda a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam de mim. Valeu!

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