SÃO PAULO - Com quatro vitórias em quatro jogos no comando da Seleção Brasileira, comemorando 12 gols e lamentando apenas um, o técnico Tite levou o desacreditado time que era dirigido por Dunga à liderança das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. Mas ainda se constrange quando é exaltado exageradamente.

“Não fiz nada. Quem fez foi um grupo todo. Já passei da idade de individualizar situações que são coletivas”, avisou Tite, após o triunfo por 2 a 0 sobre a lanterna Venezuela, conquistado nesta terça-feira, em Mérida.

Agora, sempre que ouve elogios, o técnico adota a estratégia de enaltecer os seus colegas de comissão e os jogadores brasileiros. “Não me incomodo quando o elogio é dividido de forma igual e coletiva. Quando é individual, sim. Tentam colocar no Tite alguma coisa, e não é assim. É o conjunto da obra. Sem atletas de qualidade, não adianta ter qualquer técnico que possa potencializar algo”, justificou.

Queira ou não, Tite já se tornou o principal símbolo da evolução do Brasil. Na Arena das Dunas, por exemplo, o técnico teve o seu nome gritado pelo público no decorrer da goleada por 5 a 0 sobre a Bolívia.

Contra os venezuelanos, o jogo, também, foi tranquilo, embora a Seleção tenha sido menos efetiva. “Mas é enganosa a colocação da Venezuela na tabela de classificação”, defendeu Tite, perdoando o rendimento não tão vistoso em Mérida. “Falei com os atletas, com a comissão técnica. Eles me disseram que estava muito difícil fazer o domínio de bola aqui, pelo gramado irregular.”

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