Copa do Brasil

São Paulo perde para o Juventude, sai vaiado e se complica

Mesmo jogando em casa, o Tricolor Paulista não jogou bem e perdeu para o time gaúcho.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
O São Paulo perdeu em pleno Morumbi para o Juventude.
O São Paulo perdeu em pleno Morumbi para o Juventude. (Rubens Chiri / São Paulo FC)

SÃO PAULO - O técnico Ricardo Gomes mexeu no time para a estreia do São Paulo na Copa do Brasil, mas a equipe não correspondeu dentro de campo e perdeu para o Juventude, por 2 a 1, em pleno Morumbi, na fria noite desta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final. A derrota para o time da terceira divisão do futebol nacional irritou a torcida tricolor que compareceu em pequeno número no estádio e os jogadores deixaram o gramado sob vaias e protestos.

Buscando armar um São Paulo mais agressivo diante do time gaúcho, Gomes começou com Carlinhos e Bruno nas laterais esquerda e direita, já que ambos são considerados mais ofensivos que seus respectivos titulares. Michel Bastos iniciou o confronto no banco de reservas, entrou durante o segundo tempo e pouco pôde fazer para ajudar a equipe da casa.

Com um 4-1-4-1 ainda desorganizado, o Tricolor viu o atacante Roberson aproveitar bobeada de Bruno e Maicon para abrir o placar logo aos oito minutos do primeiro tempo. Após tanto insistir nas bolas aéreas, o argentino Andres Chavez deixou tudo igual antes do intervalo. O São Paulo voltou melhor para a segunda etapa, mas quando tinha o maior domínio da partida viu Thiago Mendes cometer pênalti desnecessário, convertido por Roberson, o algoz tricolor da noite.

Agora, o São Paulo precisa vencer o Juventude por dois gols de diferença na partida de volta, marcada para o dia 21 de setembro, em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi. Caso devolva o placar sofrido em casa, o Tricolor definirá a vaga às quartas de final na disputa por pênaltis.

Como mandava o roteiro da partida, o São Paulo começou tomando a iniciativa e empurrou o Juventude para o campo de defesa. Hudson e Thiago Mendes apareceram bem abertos, auxiliando Kelvin e Cueva, que procuravam fazer as jogadas pelas pontas. Em uma delas, aos oito minutos, o peruano cruzou rasteiro, a bola atravessou toda a área e, por pouco, Kelvin não alcançou de carrinho para abrir o placar no Morumbi.

No minuto seguinte, o time gaúcho saiu para o jogo pela primeira vez. E não perdoou a falha defensiva do Tricolor. Em um rápido contra-ataque, o lateral direito Bruno não acompanhou e viu Roberson receber livre na esquerda. O atacante invadiu a área sem a resistência do zagueiro Maicon e bateu rasteiro no canto direito de Denis. O goleiro não conseguiu espalmar a bola, que morreu no fundo do gol.

A derrota parcial fez com que parte da pequena torcida tricolor presente no gelado estádio perdesse a paciência, insinuando algumas vaias a cada erro de passe dos anfitriões. Paralelamente, parecia ocorrer o mesmo com o time dentro de campo, atacando de maneira desordenada e apelando para as bolas aéreas, afastadas pela alta zaga gaúcha. A equipe da casa só foi assustar mesmo aos 22, quando Cueva cobrou falta sofrida por ele mesmo, passando rente à trave direita do goleiro Elias.

Mas de tanto insistir nas jogadas aéreas, o São Paulo conseguiu o empate, evitando a provável chuva de vaias no caminho aos vestiários durante o intervalo. Aos 39 minutos, Carlinhos cruzou, Chavez se antecipou à zaga e testou firme no canto esquerdo do goleiro Elias. Na comemoração, o lateral esquerdo cobrou aplausos da torcida são-paulina, que acabara de vaiá-lo por um cruzamento errado no lance anterior ao gol. Certo é que por pouco o atacante argentino não marcou o da virada, aos 44, em forte chute de cobrança de falta.

O São Paulo começou a segunda etapa como terminou a primeira: pressionando. Em menos de dez minutos, Kelvin e Michel Bastos, que entrara no lugar de João Schmidt, perderam boas chances de gol. O segundo, principalmente, após receber bom lançamento do primeiro e, da pequena área, chutar forte pelo lado de fora da rede.

Os mandantes continuaram ocupando o campo de defesa do Juventude, mas abusando da troca de passes e sem criar grandes oportunidades de gol. O que irritou boa parte da torcida, que protestou solicitando “raça” aos comandados de Ricardo Gomes. No entanto, quem chegou perto do desempate foi o time visitante, através de cobrança de falta do lateral Pará.

Pouco depois, a irritação dos poucos torcedores aumentaria ainda mais. Isso porque o volante Thiago Mendes calçou Lucas, que acabara de entrar no lugar de Felipe, dentro da área. Aos 28 minutos, Roberson cobrou o pênalti no meio do gol, deslocou Denis, que pulou para a direita, e anotou seu segundo gol na partida. O Juventude retomara a liderança no placar do Morumbi.

Ricardo Gomes, então, promoveu as entradas de Gilberto e Luiz Araújo nos lugares de Kelvin e Hudson, respectivamente, na tentativa de conseguir ao menos o empate. A retranca gaúcha, porém, continuou firme mesmo após a expulsão do zagueiro Ruan, e os jogadores do São Paulo deixaram o gramado do Morumbi sob uma chuva de vaias.

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