Série A

Corinthians provoca “olé” diante de Guerrero e segue na cola do Palmeiras

Corinthians comemorou uma goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h31
Na próxima rodada, o Corinthians enfrentará a Chapecoense.
Na próxima rodada, o Corinthians enfrentará a Chapecoense. ( Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

SÃO PAULO - A tarde deste domingo (3) foi de festa para a torcida do Corinthians. Com o peruano Paolo Guerrero como convidado especial no gramado de Itaquera, o time da casa comemorou uma goleada por 4 a 0 (gols de Romero [2], Guilherme e Rildo, todos no segundo tempo) sobre o Flamengo e seguiu na cola do rival Palmeiras na disputa pela liderança do Campeonato Brasileiro.

Após uma etapa inicial ruim, o Corinthians conseguiu envolver o Flamengo na Zona Leste paulistana. A mudança de postura foi comemorada pelo público com gritos de “olé” e muitas ofensas a Paolo Guerrero, que trocou de clube no ano passado, apesar da promessa de atuar apenas como corintiano no Brasil. Até o jovem e emotivo zagueiro Pedro Henrique, que anulou o peruano, com quem se desentendeu, foi celebrado.

A terceira vitória consecutiva sob o comando de Cristóvão Borges, que só perdeu em sua estreia, para o Atlético-MG, levou o Corinthians aos mesmos 25 pontos ganhos pelo Palmeiras. O rival tem um jogo a menos – entrará em campo contra o Sport apenas na noite de segunda-feira, na Ilha do Retiro. O Flamengo permaneceu com 20 pontos.

Na próxima rodada, o Corinthians enfrentará a Chapecoense no sábado, na Arena Condá. O Flamengo buscará a reabilitação no dia seguinte, contra o Atlético-MG, no Mané Garrincha.

O jogo

O Corinthians chegou a deixar a sua torcida esperançosa nos primeiros minutos. Marquinhos Gabriel mostrou boa movimentação do lado esquerdo, Balbuena incomodou o Flamengo com uma cabeçada, e Giovanni Augusto teve alguns escanteios para bater (mal) quase em sequência. Do outro lado, o ex-corintiano Willian Arão ainda colaborava com uma finalização torta e muita desatenção na saída de bola.

A animação com a equipe da casa não durou 15 minutos. O choque de realidade apareceu quando a bola ficou viva dentro da área do Corinthians, que só não sofreu o gol porque Cássio, sem sentir os efeitos dos problemas particulares com os quais justifica o seu mau momento técnico, defendeu bem os chutes de Marcelo Cirino e Rafael Vaz.

Àquela altura, sem ter com o que vibrar no ataque corintiano, os torcedores passaram a se ocupar com o antigo ídolo Guerrero. O peruano que se deixou seduzir pelo dinheiro oferecido pelo Flamengo no ano passado era vaiado a cada toque na bola. Só ouvia aplausos dos corintianos quando sofria desarmes do jovem Pedro Henrique, que fazia boa partida.

Aos 24 minutos, o Corinthians teve um lampejo ofensivo e também chamou a atenção no ataque. Romero fez boa enfiada de bola para Marquinhos Gabriel, que ficou em liberdade do lado esquerdo da área, porém concluiu em cima de Alex Muralha.

O Flamengo, no entanto, era ainda mais perigoso em suas investidas. Aos 31, por exemplo, Guerrero deixou a bola escapar dentro da área, e Ederson aproveitou a sobra (quando a torcida corintiana ainda celebrava o vacilo do peruano) para bater cruzado, na trave.

Melhor em campo, o Flamengo só se desestabilizou no restante do primeiro tempo por causa de sua irritação com o árbitro Heber Roberto Lopes, que apitava com o seu estilo canastrão característico. O técnico Zé Ricardo não se conteve após uma falta dura cometida por Fagner e acabou expulso.

No segundo tempo, o Flamengo encontrou outro motivo para estar intranquilo. O Corinthians melhorou, fazendo mais triangulações e contando com o apoio de seus laterais (que haviam errado bastante na primeira etapa). Aos 14 minutos, abriu o placar. Marquinhos Gabriel bateu escanteio da esquerda, e Bruno Henrique cabeceou para o meio da área. Após mais um desvio, a bola sobrou limpa para Romero empurrar para dentro.

Em desvantagem, o Flamengo, que pouco antes havia trocado Ederson por Everton, apostou também na entrada de Thiago Santos no lugar de Marcelo Cirino. Cristóvão Borges respondeu com a substituição do apático Luciano por Guilherme. Mais tarde, Rildo voltou a jogar após longo período afastado por contusões, no lugar de Giovanni Augusto.

Naquele momento, a torcida da casa já estava mais calma com a evolução do Corinthians. Alguns ao ponto de levantar uma faixa com a inscrição “Fora, Temer” para protestar contra o presidente da República em exercício. A maioria tinha outro alvo, que já não atacava só com vaias: “Guerrero v…!”.

Outros jogadores queriam ser idolatrados. Era o caso de Guilherme, que já chiou por ter ido para o banco de reservas. Aos 32 minutos, o meia recebeu a bola de Romero, clareou e bateu com categoria da entrada da área, acertando o canto do gol defendido por Alex Muralha.

Rildo também queria participar da festa. Aos 34 minutos, o atacante finalizou com um belo voleio dentro da área, depois de rebote do goleiro do Flamengo, e colocou a bola na rede. Emocionado, desabou no gramado e atraiu quase todo o elenco corintiano em sua comemoração.

Com o jogo definido, os minutos finais de partida serviram para a torcida do Corinthians tripudiar de Guerrero. Pedro Henrique foi ovacionado por discutir com o peruano, cada vez mais nervoso com os gritos de “olé” que ecoavam da garganta de quem um dia o idolatrou. “É mercenário! É mercenário! É mercenário!”, foi o coro final do público para ele.

E, antes do apito final, ainda houve tempo para Romero marcar mais um gol. O artilheiro paraguaio foi lançado por Rodriguinho e completou para a rede, na saída de Alex Muralha, para transformar a vitória em goleada aos 43 minutos.

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