Violência

Governo cria guia para padronizar o combate à violência no futebol

O documento é resultado de mais de cinco anos de pesquisa e compilação de dados.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
O documento é resultado de mais de cinco anos de pesquisa e compilação de dados.
O documento é resultado de mais de cinco anos de pesquisa e compilação de dados. (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO - Em evento realizado na tarde da última terça-feira, em Brasília (DF), o Governo Federal apresentou o Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas no intuito de formalizar medidas de combate à violência.

O documento, apresentado em parceria entre o Governo Federal e os Ministérios da Justiça e do Esporte, é resultado de mais de cinco anos de pesquisa e compilação de dados e análises. O trabalho veio de esforços por parte de secretarias a nível estadual e municipal, além de forças de segurança e entidades esportivas.

Desde 2010, reuniões temáticas e grupos de ação – como a CPI das Torcidas Organizadas, que a Gazeta Esportiva cobriu em São Paulo desde 2015 – vem sendo mediados para debater as questões da violência. Em abril, houve a primeira reunião da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (Consegue), que serviu para validar o texto do guia.

“Eu gostaria de olhar esse lançamento num contexto mais amplo. Quando garantimos a segurança, estamos arrumando uma engrenagem de uma grande indústria, que no caso do futebol faz parte da nossa própria identidade cultural”, disse o ministro do Esporte, Ricardo Layser, após falar em tom positivo sobre iniciativas de modernização como o Profut.

Como metas, o guia sobre a violência propõe a padronização das ações de segurança, a divisão das tarefas, o compartilhamento de informações e a integração de forças de segurança. Dividido em três partes, o documento versa sobre os procedimentos prévios para os torneios, as responsabilidades dos órgãos de segurança, e os próprios procedimentos de segurança.

Fábio Souza, diretor da área de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado, explicou as implicações do guia em termos de organização. “Estabelecemos um tripé: diálogo, com a formação de um grupo de especialistas; planejamento, o Estatuto do Torcedor prevê uma série de planos e a gente busca; e integração, quando falamos da necessidade de reuniões preparatórias”, declarou.

O plano de ação nos dias de jogo estará baseado em uma maior fiscalização nos acessos aos estádios, nas redes de transporte público e no controle da segurança dentro do próprio estádio. Medidas adicionais poderão ser adotadas em casos especiais, como nos clássicos locais.

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