Tocha Olímpica

Refugiada síria vai conduzir Tocha Olímpica em Brasília

Hanan Daggah é refugiada síria e será uma das dez primeiras pessoas que farão o revezamento da Tocha Olímpica.

Da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
(Foto: Roberto Castro/ME/Brasil2016)

BRASÍLIA - Hanan Daggah, de 12 anos, refugiada síria que vive no Brasil desde o ano passado, é uma das dez primeiras pessoas que participarão do revezamento da Tocha Olímpica, daqui a pouco, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Neste momento, a lanterna com a Chama Olímpica está no Palácio do Planalto, onde ocorre uma cerimônia com a participação da presidenta Dilma Rousseff, atletas olímpicos e paralímpicos, dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio 2016.

Hanna foi escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 a partir de uma sugestão da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) no Brasil. Ela receberá a tocha da professora Aurilene Vieira de Brito.

“[A participação de Hanan] é um gesto simbólico de solidariedade com os refugiados do mundo, em um momento que milhões de pessoas fogem de guerras, conflitos e perseguições. Em todo o mundo, existem cerca de 20 milhões de refugiados – o maior número desde o fim da 2ª Guerra Mundial”, diz a Acnur em nota.

A Chama Olímpica do Jogos do Rio 2016 foi acesa no dia 21 de abril na cidade grega de Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos. No dia 26 de abril, o refugiado sírio Ibrahim Al Hussein a levou ao acampamento de Eleonas, em Atenas, também na Grécia.

Hanan vive em São Paulo e chegou ao Brasil em 2015. Ela mora em um pequeno apartamento no centro da cidade com o pai, a mãe, um irmão mais velho e uma irmã mais nova, juntamente com os tios e quatro primos. Segundo a Acnur, ela está "totalmente" integrada ao Brasil e estuda em uma escola pública perto de casa, fala português e tem vários amigos brasileiros.

De acordo com a agência da ONU, Hanan e sua família viviam na cidade de Idlib, no Nordeste da Síria. Com o início da guerra civil, a cidade foi um dos alvos do conflito. Sem segurança para permanecer na Síria, a família teve que deixar o país e buscou refúgio na Jordânia, onde morou por dois anos e meio no campo de refugiados de Za’atari.

A família deixou a Jordânia e chegou ao Brasil por meio do programa de vistos especiais do governo federal, que facilita a entrada no país de pessoas atingidas pelo conflito na Síria. Segundo a Acnur, cerca de 8 mil desses vistos especiais já foram emitidos pelas autoridades brasileiras.

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