RIO DE JANEIRO - Com o Maracanã e o Estádio Nilton Santos entregues à organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, o Flamengo não tem uma casa para mandar seus jogos no Campeonato Brasileiro. O assunto já foi por diversas vezes abordado pelo técnico Muricy Ramalho, que cobrou publicamente uma posição do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O Rubro-Negro, no entanto, ainda não tem conseguiu chegar à uma definição de como solucionar o problema. A questão engloba os vários pontos que são considerados fundamentais pela diretoria como como qualidade do gramado, possibilidade de receita e menos desgaste com viagens.
O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi tratado como a primeira opção porque todos na Gávea entendem que o Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, representa prejuízo certo. Porém, a Capital Federal exigirá um desgaste grande de viagem com o mando de campo. O gramado do estádio brasiliense também não chega a encantar e existe o temor que o excesso de jogos prejudique ainda mais a grama no Mané Garrincha.
Para ficar no Rio de Janeiro, um representante do Flamengo chegou a sondar Eurico Miranda, presidente do Vasco. Como o clube vascaíno está na Série B, dificilmente haveria coincidência de datas. Porém, o mandatário vascaíno, de péssimo relacionamento com Bandeira de Mello, sequer quis seguir com a negociação.
Outra possibilidade é o Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita, que pertence ao America. A diretoria americana tem um acordo com o Fluminense para que o Tricolor reforme o estádio e o utilize no Campeonato Brasileiro. As obras estão orçadas em R$ 700 mil. Os flamenguistas, porém, não teriam como arcar com metade desse valor, já que a ideia é gastar apenas R$ 100 mil com qualquer obra para estádios no Brasileirão.
Na semana passada, a diretoria do Flamengo sondou o America, que passou a bola para o Fluminense. Os flamenguistas estudam pagar uma quantia ao Tricolor para poder utilizar o estádio em algumas ocasiões. O assunto, porém, está longe do fim, assim como a definição de onde o Flamengo vai mandar seus jogos ao longo do Campeonato Brasileiro e também nas fases mais avançadas da Copa do Brasil.
Dentro de campo, com a semana livre, sem jogos, o técnico Muricy Ramalho terá alguns dias para preparar o time que no próximo sábado vai medir forças com o Boavista no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), às 16h (de Brasília), pela penúltima rodada da Taça Guanabara, segunda fase do Campeonato Carioca. Um tropeço pode tornar a classificação para as semifinais um sonho distante. Isso porque as duas equipes estão empatadas com seis pontos, mas fora da zona que leva para a etapa decisiva da competição, hoje fechada pelo Volta Redonda, que já tem sete pontos.
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