Futebol

Perto do adeus, Ceni prevê palestras e intercâmbio com Osorio

Goleiro corre contra o tempo para se recuperar de lesão de ligamento.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h37
(Fernando Dantas/Gazeta Press)

SÃO PAULO - Com data marcada para se despedir do São Paulo, após adiar a aposentadoria em duas oportunidades, o goleiro Rogério Ceni já começa a planejar a vida fora do futebol. Depois de 25 anos de carreira no Tricolor, Ceni sofre com uma lesão de ligamento que já o deixa a quase um mês longe dos treinos, o que coloca em risco até sua despedida. Querendo descansar neste fim de ano, o atleta planeja trabalhar para o futebol após pendurar as chuteiras e até prevê aulas com o ex-comandante Juan Carlos Osorio.

Correndo contra o tempo para se recuperar e entrar em campo contra o Goiás, na última rodada do Brasileiro, Ceni falou ao Estado de São Paulo, em entrevista publicada nesta terça, já estabelecendo planos futuros. “Eu tenho um compromisso até 15 de dezembro. Depois disso, quero descansar, pelo menos uns 45 dias. Aí, quem sabe, começar um novo ciclo de palestras. Posso passar um tempo fora também, estudar futebol”, disse, demonstrando que almeja o cargo de técnico.

“Tenho muita vontade de estender meu conhecimento no gramado, mas também tenho receio. O treinador é uma peça muito importante, mas não é o único fator que vai levar ao sucesso. Mas, quem sabe, para o futuro, mais adiante, eu me arrisque nessa carreira. Agora, em outro clube não tem como. Não dá para trabalhar em rivais. Não caberia isso na história”, reconheceu.

Admitindo que só vai assumir o cargo de treinador no São Paulo ou fora do País, Ceni planeja viagens ao exterior no próximo ano para fazer intercâmbios e aprender mais sobre modelos de jogo. Além da Europa, outros destinos são México e Estados Unidos. “Já falei com o Osorio que quero passar uma semana acompanhando o trabalho dele na seleção mexicana. Também quero ir aos Estados Unidos para acompanhar o trabalho do Klinsmann”, falou o goleiro artilheiro do Tricolor.

Vendo sua substituição tanto debaixo das traves quanto à respeito de liderança no elenco como um fator natural, o veterano confiou no grupo atual do São Paulo. Mostrando segurança com os três goleiros, Denis, Renan Ribeiro e Léo, Ceni até apontou os zagueiros Rodrigo Caio e Lucão, crias da base tricolor, e o atacante Alan Kardec, como possíveis símbolos de liderança após sua saída.

Desfalque nos últimos jogos, Rogério não conseguiu de despedir do Morumbi em jogos de Campeonato Brasileiro, e por enquanto não sabe se viajará a Goiânia para jogar no domingo. No entanto, o jogo de despedida comemorativo do goleiro segue marcado para 11 de dezembro, em reunião que vai contar com personalidades do título mundial de 2005, eleito pelo camisa 1 como melhor ano da carreira não só pelo Mundial, mas também pela média de um gol a cada 3,5 jogos.

“Estou trabalhando. Esta lesão tem sido uma das coisas mais desagradáveis no final da minha carreira. Vou esperar até quarta para fazer um teste, mas não é fácil. Estou há 32 dias sem treinar. Se conseguir voltar e treinar, sem dor, tudo bem. Caso não dê, vou ajudar na parte motivacional”, declarou Ceni, que sofre pela ruptura em um tendão do pé direito e não garante voltar a campo.

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