Copa Sul-Americana

Em jogo histórico, Chapecoense luta, mas perde para o River Plate

O atacante Maranhão marcou o único gol da equipe catarinense em Buenos Aires.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
(Divulgação / Conmebol)

BUENOS AIRES (ARGENTINA) - Em confronto histórico para a Chapecoense, o River Plate teve grande volume de jogo e fez 3 a 1 na equipe catarinense na noite desta quarta-feira no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires (Argentina), abrindo vantagem nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Os gols dos donos da casa foram anotados por Carlos Sánchez (duas vezes) e Pisculichi (de falta), enquanto Maranhão balançou as redes pela equipe visitante.

O duelo faz parte do segundo confronto oficial contra equipes internacionais na história do Verdão do Oeste. O primeiro aconteceu justamente nas oitavas de final, fase anterior desta Sul-Americana, nas quais o time de Santa Catarina empatou duas vezes por 1 a 1 com o Libertad, do Paraguai, e avançou nos pênaltis na Arena Condá.

A partida de volta está marcada para a próxima quarta-feira (28), na Arena Condá. Como há o critério de desempate por gols fora de casa até a semifinal da Sul-Americana, uma vitória por 2 a 0 classifica a Chape de forma direta à semi. Apenas um novo 3 a 1 em favor dos mandantes leva a decisão para os pênaltis e, com qualquer outro placar, o Verdão precisa ganhar por três gols de diferença para seguir no torneio continental.

O adversário do vencedor deste confronto será quem levar a melhor entre Atlético-PR e Sportivo Luqueño, do Paraguai. No primeiro jogo, realizado mais cedo nesta quarta, o Furacão fez 1 a 0 na Arena da Baixada e abriu vantagem.

Apoiado pela torcida, o River Plate começou trocando passes no campo de ataque e sufocando a Chapecoense, que por sua vez marcava muito forte. Esbarrando na defesa adversária, o time argentino só criou sua primeira chance aguda de gol aos dez minutos, quando Pisculichi bateu de fora da área e mandou por cima da meta.

Os donos da casa voltaram a ameaçar aos 14 minutos, quando Maranhão apareceu bem para ajudar a defesa e fez o corte em cruzamento da esquerda. O Verdão do Oeste, acuado, tentava trocar passes e aos poucos passava do meio-campo, mas não conseguia encaixar suas jogadas. Isso levou o técnico Guto Ferreira a pedir que o time colocasse mais a bola no chão apesar da pressão da torcida e da marcação intensa dos mandantes.

Mas foram os argentinos que aproveitaram o momento de domínio para abrir o placar aos 20 minutos. Em grande fase, o uruguaio Carlos Sánchez completou bom cruzamento de Casco, de primeira, e fez a festa da torcida no Monumental de Núñez. A Chape tentava reagir, mas carecia de movimentação. Aos poucos, no entanto, o River não conseguia mais manter o ritmo muito intenso dos primeiros minutos e começava a dar espaços.

Aos 30 minutos, Túlio de Melo aproveitou vacilo de Balanta e dominou na área adversária, mas escorregou e não conseguiu bater bem. Aos 36, entretanto, Maranhão não desperdiçou sua oportunidade. Após chutão para o campo de ataque, William Barbio desviou, o atacante aproveitou e ganhou na corrida do zagueiro para invadir a área, bater entre as pernas de Barovero e igualar o marcador em Buenos Aires. Ao mesmo tempo em que empolgou os catarinenses, o gol deixou os donos da casa em alerta, e se viu um fim de primeira etapa equilibrado.

Assim como no primeiro tempo, o River Plate iniciou a etapa final em alto ritmo, com forte marcação e tentativas de escapas rápidas pelas laterais do campo. Mas a Chapecoense também se ajustou na defesa e conseguiu amenizar a blitz dos adversários. Na parte ofensiva, o Verdão do Oeste voltou com Ananias no lugar de William Barbio.

Ainda assim os mandantes levaram perigo aos 12 minutos, quando Pisculichi recebeu pelo lado direito e cruzou na entrada da pequena área buscando Carlos Sánchez, que quase chegou a tempo, mas viu a bola passar e sair pela linha lateral, do outro lado do campo. O grande lance seguinte dos Millonarios veio logo depois: após virada de jogo, Sánchez bateu no alto, a bola encobriu Danilo e bateu na trave direita do goleiro.

Gallardo, então, colocou Viudez no lugar do veterano Lucho González, dando ainda mais gás ao ataque do River Plate. E, através da bola parada, os argentinos retomaram a vantagem no placar aos 17 minutos. Em bela cobrança de falta de perna esquerda, Pisculichi mandou com força por cima da barreira e tirou do goleiro Danilo, que ainda resvalou na bola antes de ela balançar as redes e fazer a festa da torcida, que fez tremer o Monumental de Núñez.

As duas equipes tiveram modificações na sequência. O autor do segundo gol do River deu lugar a Pity Martínez, enquanto Maranhão foi substituído por Tiago Luís. Após alguns minutos nos quais as duas equipes pareciam conformadas com o placar, os argentinos aproveitaram confusão na área da Chape para ampliar novamente com Carlos Sánchez, que rolou para o fundo das redes após cruzamento rasteiro de Driussi para fechar a conta.

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