SÃO PAULO - O Corinthians decidiu três embates eliminatórios em seu novo estádio e só sobreviveu a um, superando a Ponte Preta com erro da arbitragem a seu favor no Campeonato Paulista. Derrubado pelo Palmeiras daquele mesmo Estadual e pelo Guaraní da Copa Libertadores, a equipe tenta evitar o mesmo fim na Copa do Brasil, diante do Santos.

O início do confronto foi semelhante ao observado nas oitavas de final da Libertadores, em Assunção. Em Santos, o time dirigido por Tite teve um comportamento passivo, foi derrotado por 2 a 0 e voltou a São Paulo com uma tarefa complicada para chegar às quartas de final.

“É fazer o nosso papel. A gente sabe que tem uma força dentro de casa, a torcida acaba fazendo a diferença. Vamos ver se a gente consegue reverter”, afirmou Renato Augusto. “Se a gente não conseguir, vai brigar no Brasileiro até o final”, acrescentou o meio-campista.

A última frase é um bom retrato da disposição do técnico Tite. O gaúcho julga que seguir na Copa do Brasil poderá atrapalhar o Corinthians na disputa pelo Nacional de pontos corridos. Ele vê limitações no elenco – que lidera a tábua de classificação no segundo turno da Série A – para suportar duas competições.

Com o único treino para a partida feito com portões fechados, não é possível estabelecer com precisão a escalação a ser usada na suposta tentativa de impedir nova eliminação em Itaquera. Sabe-se que Jadson está fora por um súbito edema na coxa direita, e é possível que atletas desgastados fiquem fora do duelo – justamente como foi feito, para desespero da torcida, no fracasso diante do arquirrival Palmeiras no Paulista.

Do outro lado, não há essa questão. O técnico Dorival Júnior chegou a se surpreender com uma pergunta sobre poupar jogadores no duelo em São Paulo e avisou prontamente que “isso não existe”. “É o jogo contra nosso arquirrival”, concordou o zagueiro David Braz.

A dúvida faz ainda menos sentido porque o Santos está muito longe de brigar pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. Um dos motivos para isso é o péssimo aproveitamento fora de casa, sem uma única vitória. O último triunfo como visitante foi na própria Copa do Brasil, no distante 15 de abril, contra o Londrina.

Mas o time praiano não precisa vencer. Basta empatar, como aconteceu em sua última visita a Itaquera, ou até perder por 1 a 0, resultado do embate realizado no Brasileiro do ano passado. “A gente não se apega a essas partidas, cada jogo é uma história. Respeitamos, mas sabemos que podemos usar o campo deles a nosso favor”, disse o lateral Victor Ferraz.

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