Copa Sul-Americana

Zagueiro marca duas vezes e São Paulo bate o Atlético Nacional

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

SÃO PAULO - A retaguarda do São Paulo quase comprometeu a vitória sobre o Nacional, na noite desta quarta-feira. A equipe sofreu o empate duas vezes, por conta de erros defensivos, mas foi um zagueiro quem garantiu o triunfo por 3 a 2, no Morumbi: Antônio Carlos, com dois gols de cabeça, um deles aos 45 minutos do segundo tempo. Quem abriu o placar foi Jadson, com golaço de fora da área.

Os dois times decidem a vaga na semifinal daqui a uma semana, em Medellín. Lá, qualquer empate classifica os comandados de Muricy Ramalho - que, antes disso, recebem a Portuguesa, no sábado, pelo Campeonato Brasileiro. Ao time treinado por Juan Carlos Osorio, será obrigatório vencer para passar à próxima fase do torneio.

O resultado desta noite esteve perto de ser vaiado pela torcida tricolor, que imaginava um triunfo fácil, depois de ver Jadson acertar um belo chute da intermediária, e por pouco não teve de se contentar com uma igualdade por conta de falhas de atenção. No segundo tempo, o Nacional foi até mais criativo, e fez com que a arquibancada, em determinado momento, chiasse com o São Paulo.

São Paulo que, com a volta de Luis Fabiano, após seis jogos, fez com que Muricy Ramalho sacasse do time Ademilson, e não Aloísio, que teoricamente faz a mesma função do camisa 9. A opção fez jus à boa fase de Aloísio, que havia marcado seis gols nas últimas três partidas e já começa a ganhar o mesmo apelo junto à torcida - foi um dos jogadores mais ovacionados na subida a campo.

Aloísio tentou corresponder à confiança do treinador se esforçando em outro posicionamento. Mais fora da área do que de costume, o atacante tendia a aparecer pela ponta direita do ataque, enquanto Luis Fabiano, como sempre foi, atuou mais centralizado.

O São Paulo, que tinha Jadson no lugar do suspenso Paulo Henrique Ganso, empurrava o Nacional para o campo de defesa quase sem ser ameaçado. O time colombiano só levou susto aos 11 minutos, no momento em que a defesa tricolor se estrapalhou em uma troca de passes pelo alto, e o goleiro Rogério Ceni foi obrigado a deixar a meta para fazer um corte de cabeça fora da área.

Dois minutos depois, no entanto, veio a resposta. Jadson recebeu na intermediária, ajeitou a bola com a coxa e bateu, sem deixá-la cair. Ela encobriu o goleiro Armani e foi parar no ângulo direito. Um golaço do camisa 10, que perdeu espaço entre os titulares à medida que Ganso começou a render mais e se tornou o único armador de Muricy. Também por isso, um golaço muito comemorado por ele.

A vantagem deveria contribuir para uma vitória mais fácil, mas não foi isso o que ocorreu. Ainda que a equipe da casa tenha continuado com posse de bola, o jogo esfriou. O Nacional passou a se lançar um pouco mais, embora timidamente, e o São Paulo chegou com perigo de novo somente aos 35 minutos, quando Maicon fez desarme no meio-campo e deixou Aloísio na cara do gol. O atacante tirou do goleiro Armani, porém viu Nájera salvar na linha.

A chance desperdiçada deu impressão de que o time estava ligado. Só que um lance quatro minutos mais tarde veio provar o contrário. Pressionado na linha de fundo, Paulo Miranda fez recuo a Rogério Ceni, que tocou para Rodrigo Caio ainda dentro da área. O volante - hoje mais zagueiro - se atrapalhou e perdeu a bola. Cárdenas tocou para Uribe, livre de marcação, empurrar para a rede.

O empate deu confiança ao Nacional, que voltou para o segundo tempo sem alterações, mas bem mais ofensivo. Aos cinco minutos, a defesa brasileira fez corte apenas parcial, e Cárdenas pegou sobra na marca penal. Porém, o chute acabou sendo travado por Uribe, seu próprio companheiro de ataque, que estava de costas na jogada.

Autor do gol, Uribe quase se redimiu logo depois. Além de reclamar com razão de um puxão de camisa dentro da área, o atacante quase balançou a rede novamente. Acionado na meia direita, aos dez minutos do segundo tempo, ele ganhou da defesa na corrida, invadiu a área e chutou rasteiro. A bola passou por Rogério Ceni, mas saiu rente à trave direita.

O São Paulo encontrou o que poderia ter sido o gol da vitória aos 26 minutos, quando Antônio Carlos aproveitou desvio de Rodrigo Caio em cobrança de escanteio de Douglas para cabecear para a rede. Mas, aos 33, Duque, mais atento do que Paulo Miranda em passe ruim, disparou em direção à área e tocou na saída de Rogério Ceni para decreter novo empate.

A partida se encaminhava para um final com vaias quando, aos 45 minutos, Antônio Carlos subiu sozinho, após levantamento para a área, e cabeceou mais uma vez para a rede. Como em sua última atuação - há seis partidas, quando se machucou -, o São Paulo saiu vitorioso com dois gols seus.

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