Futebol

Kleina completa um ano em dívida com clube, mas com patamar de elite

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

Menos de uma hora após desembarcar de Florianópolis, quando recebeu a reportagem da Gazeta Esportiva, Gilson Kleina estava em sua ampla sala na Academia de Futebol já vendo o compacto da vitória sobre o Avaí. Nem os visitantes foram capazes de impedir o trabalho de um profissional que completa um ano de Palmeiras nesta quinta-feira sobrevivendo até a um rebaixamento no Brasileiro.

De 19 de setembro de 2012 até agora, foram 67 jogos, com 33 vitórias, 15 empates, 19 derrotas e uma dívida ainda a ser paga. O técnico não admite sair do Verdão antes de devolvê-lo à Série A do Brasileiro. Mais do que uma obrigação, ele interpreta o acesso como uma retribuição à torcida que sente gostar dele, apesar dos recentes gritos de “burro” que lhe dirigiu.

Os olhos de Kleina brilham ao lembrar da vitória por 1 a 0 sobre o Libertad, no Pacaembu, em 11 de abril, que garantiu a classificação antecipada para as oitavas de final da Libertadores diante de quase 34 mil pagantes. O time tinha o volante Marcelo Oliveira improvisado na zaga, não contava com Valdivia e perdeu Wesley, expulso no segundo tempo, mas a força da torcida encantou. “Falei para mim mesmo naquele dia: está aí, me mostraram porque é uma equipe de ponta, uma equipe grande”.

Em sua sala, Kleina guarda cartas que recebe de torcedores. Uma das mais recentes lhe perguntava “até quando escalará Márcio Araújo?”. O treinador gargalhou enquanto a lia para a reportagem ao som de uma versão da canção “Stand by me” que mantém em seu celular, tocada por um músico anônimo que se apresenta diariamente no metrô londrino. “Gosto de ouvi-la mesmo na turbulência do avião”, relatou.

Assim, com paciência, o técnico que caiu com o Palmeiras trabalha na busca de 14 pontos em 15 jogos para garantir o acesso, com a certeza de que já é um profissional de Série A. E também de que está no auge de sua carreira. “Às vezes me perguntam se quero ir para um clube maior. Como? Pode existir clube igual ao Palmeiras, mas não maior.”

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