Tênis

Premiado nos EUA, Cunha foca tênis profissional e ganha dicas de Sá

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

Após passar pelo circuito universitário norte-americano (NCAA) de maneira bem-sucedida, o brasileiro Henrique Cunha tenta deslanchar no tênis profissional. Aos 23 anos, ele conta com as dicas do experiente compatriota André Sá para triunfar em sua empreitada.

Sexto colocado do ranking juvenil em 2008, Cunha foi campeão na grama do tradicional torneio de Queen’s. Aos 19 anos, assumiu o 668º do ranking da ATP e já contava com um título de future, mas resolveu interromper a carreira para cursar administração na Universidade de Duke.

Criticado por Chico Costa, então capitão do Brasil na Copa Davis, pela decisão de viajar aos Estados Unidos, Cunha liderou o ranking de simples e duplas da NCAA, embora não tenha conquistado o título. Formado desde o último mês de maio, ele classifica a experiência como um sucesso.

“Foi muito bom para mim tanto na escola quanto na quadra. Desenvolvi meu tênis, meu preparo físico e também cresci como pessoa. Além de, obviamente, ter me formado em uma boa universidade. Sempre acreditei no meu potencial”, afirmou o jovem brasileiro.

Durante a atual edição do Aberto dos Estados Unidos, ele ganhou o prêmio de melhor tenista de duplas da NCAA e ainda recebeu uma condecoração por esportividade e liderança. Com o ciclo encerrado no circuito universitário, Cunha passa focar os torneios profissionais e tenta provar que a decisão de 2009 não foi equivocada.

“Agora, estou concentrado 100% no tênis. Para 2013, minha meta é colher o maior número de pontos possível. Por enquanto, não penso muito em termos de ranking, até porque voltei a jogar os torneios profissionais de forma definitiva recentemente”, declarou o atleta.

Atual 789º colocado na lista mundial, Cunha venceu em simples e duplas um dos três futures que disputou na Turquia desde julho, o que proporcionou confiança na retomada da carreira profissional. Eliminado na segunda rodada dos qualis dos ATPs 250 de Gstaad e Winston-Salem, ele planeja evoluir gradativamente.

“Foi um bom começo. Eu me formei há pouco e já fui campeão de um future. É sinal que saí (da universidade) jogando bem. No nível future, não sinto diferença alguma em relação ao universitário. Nos qualis dos ATPs, o nível é mais alto. Para jogar contra rivais do top 100, preciso de tempo e trabalho. Espero me adaptar rapidamente aos challengers”, explicou.


Cunha continua treinando na Universidade de Duke e, na retomada de sua carreira, se vê obrigado a investir dinheiro do próprio bolso. O canhoto tomou gosto pelas quadras duras durante sua estadia no país norte-americano e, por enquanto, não tem planos de retornar ao Brasil.

Na tentativa de deslanchar, ele conta com a orientação do amigo André Sá, que frequentou a Academia Bollettieri e passou parte da adolescência nos Estados Unidos. Quadrifinalista de Wimbledon-2002 em simples, ele tem sete títulos de duplas e alcançou o 17º lugar da lista mundial.

“Conheci o André na época em que treinava com o Jaime Oncins e temos bastante contato. É meu amigo e me dá algumas dicas. Com certeza, tenho muito a aprender com ele. Gosto de jogar duplas, mas meu foco no começo de carreira é em simples”, acrescentou o jovem, que sonha disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016.

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