Ameaçados tentam fugir do fantasma do rebaixamento

GloboNews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h27

O fim do Campeonato Brasileiro se aproxima e os grandes clubes que estão ameaçadas de rebaixamento tentam de tudo para se livrar da humilhação e do prejuízo de disputar a série B pela primeira vez na história em 2003. Vale prometer mais dinheiro e folga para os jogadores, fazer reuniões só com os líderes do elenco, pedir para o time olhar para o futuro e até mexer com os brios dos seus craques. Mas as feridas abertas pela crise no Flamengo, Botafogo, Palmeiras e Internacional parecem teimar em não fechar, devido à irônica incoerência das ações tardias.

Em 20º com 25 pontos, o Flamengo adotou a tática financeira, apesar de ser um dos clubes mais endividados do Brasil. Os dirigentes rubro-negros prometeram pagar salários e premiações em atraso, aumentar o 'bicho' por vitórias nas últimas três partidas que restam e dar início às férias já no dia 18 de novembro. Como se os atletas tivessem realizado um trabalho durante o Campeonato Brasileiro que merecesse tal recompensa.

Para acalmar os ânimos no Botafogo, lanterna em 26º com 22 pontos, o treinador Ivo Wortmann conversou antes do treino desta segunda-feira com os principais jogadores da equipe, seis ao todo. Entre eles, não estava Odvan, o mais indignado depois da derrota para o Flamengo no sábado. Se o momento é de união, porque separar na hora de se reunir?

Ivo Wortman não esconde a preocupação no treino do Botafogo

- Chamei os mais experientes e os que têm mais história no clube, não achei que fosse o caso de convocar o elenco inteiro e nem gostaria de comentar o teor da conversa. Poucos falaram, mas disseram muita coisa - disse Ivo.

Treinadores no centro da polêmica no Palmeiras e Internacional

Em 24º com 23 pontos, o Palmeiras voltou à zona de rebaixamento com a derrota para o Vasco no domingo. O treinador Levir Culpi preferiu não lamentar mais o que passou e quer pensar somente no futuro. Disse que 'não adiantava chorar pelo leite derramado', pois tem de preparar a equipe para enfrentar o Fluminense na quarta-feira. Só esqueceu de combinar o discurso com os seus comandados. Preterido na última partida, o meia Pedrinho jogou a toalha.

- Fiquei decepcionado pois estava contribuindo com o Palmeiras em todos os jogos e, de repente, não fui nem relacionado. Não fiquei nem no banco contra o Vasco e não teria lógica jogar contra o Fluminense - afirmou Pedrinho.

Mais novo ameaçado pelo rebaixamento, o Internacional adotou a tradicional tática brasileira: trocou de treinador. Em 22º com 25 pontos, não precisava que a esta altura do campeonato a chegada do novo comandante gerasse confusão. De manhã, Claudio Duarte quis mexer com os brios do meia Carlos Miguel e quase criou um mal-entendido. No coletivo, barrou três titulares, gerando, é claro, insatisfação no time.

- Ou ele ressuscita ou se suicida. Ou dá uma resposta a quem o considera um ex-jogador, ou desiste - afirmou Duarte.

À tarde, Carlos Miguel tentou esclarecer tudo.

- O Cláudio é meu amigo há muitos anos. Agradeço a confiança que ele está depositando em mim - disse o meia.

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