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SAF dá ânimo a torcedores de clubes que precisavam algo novo

Sites de apostas em 2021 se destacaram no patrocínio a diversos times do país.

Publipost / Emarket

Atualizada em 26/03/2022 às 18h43
(Foto: Divulgação)

BRASIL - A paixão do brasileiro pelo futebol é inegável. Entretanto, por décadas, esse mercado com grande potencial não foi bem explorado por dirigentes e gestores de pouca visão e capacidade para dirigir instituições de receitas milionárias.

O aparecimento de clubes-empresa e a profissionalização de algumas equipes trouxe um novo respiro, maximizando as entradas desses times. Um bom exemplo é o aumento nas cotas de patrocínios, com várias empresas batalhando por espaços nos uniformes. Os sites de apostas em 2021 se destacaram no patrocínio a diversos times do país, aumentando sua presença e a atenção dada ao mercado brasileiro, algo que você pode conferir neste artigo.

Mas a simples entrada de dinheiro não garante que os recursos sejam bem usados e clubes como Cruzeiro e Botafogo têm dívidas bilionárias. Entre os grandes do Brasil a maioria deve mais de 500 milhões de reais. Por isso a entrada em cena de uma lei que permitiu a criação de Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) foi a saída vista por muitos clubes e logo após sua sanção dois gigantes do futebol, os já citados Cruzeiro e Botafogo, encaminharam suas vendas.

A elite do futebol nacional já tinha dois clubes-empresa. Dona de vários clubes ao redor do mundo, a Red Bull tinha um projeto no Brasil que não avançou rapidamente. A saída encontrada foi criar uma parceria com o Bragantino, gerindo o futebol do clube que estava na Série B do Brasileirão. O acesso veio rapidamente e depois de garantir a permanência na Série A em 2020, no segundo ano na elite o time conseguiu uma vaga para a Libertadores e chegou até a final da Copa Sul-Americana, perdendo para o Athletico Paranaense.

O segundo clube-empresa, que já criou sua SAF com a mudança na lei, é o Cuiabá. O clube do Mato Grosso foi fundado em 2001 pelo ex-jogador Gaúcho e em 2009 foi adquirido pelo Grupo Dresch. A ascensão também foi meteórica, sendo vice-campeão da Série C em 2018, quarto colocado na Série B em 2020 e em seu primeiro ano na elite conseguiu ficar em 15°, à frente de campeões tradicionais que foram rebaixados como o Grêmio, Bahia e Sport.

A transformação em SAF e posterior chegada de um investidor que prometa um grande investimento e pague dívidas urgentes é a saída para vários clubes que não souberam se modernizar. Além de Cruzeiro e Botafogo, que eram clubes que apontavam a todo momento que tomariam esse caminho, ainda tem o Vasco para também agilizar seu processo para tornar-se uma SAF. O Bahia foi citado por um diretor da XP Investimentos como um dos clubes que pode estar no mercado, mas isso foi desmentido pelo presidente do clube, Guilherme Belintani.

Por mais que seja uma solução interessante, ela não é a resposta para todos os problemas e nem um botão mágico que transformará um clube que não tinha mais tanto sucesso dentro de campo em uma potência. É empolgante pensar que essa compra terá o mesmo efeito que teve no PSG ou Manchester City, dois clubes médios em seus países que instantaneamente tornaram-se potências e o destino de craques mundiais. Entretanto, ambos foram comprados por fundos soberanos multibilionários, o que não deve ser o caso dos times brasileiros.

Apesar de Ronaldo Fenômeno ser um dos ex-atletas mais ricos do mundo, apenas o investimento para a compra e pagamento de dívidas do Cruzeiro já será enorme para seu padrão financeiro. Tanto que passada a empolgação começa a ficar mais claro qual será o planejamento inicial do clube mineiro em sua nova era: controle de gastos do elenco e até nos profissionais de gestão. Alexandre Mattos, renomado dirigente no mercado e que é conhecido por contratar bastante, nem assumirá o cargo para o qual ele começaria em janeiro. Vanderlei Luxemburgo, que tinha contrato renovado, também não fica e alguns dos maiores salários do time podem ter que renegociar ou achar outro destino.

Ganhar títulos e o sucesso esportivo interessa a qualquer dono de clube, mas ter um produto rentável em mãos e dar lucro é o objetivo principal de qualquer proprietário. Alguns torcedores podem não ficar muito felizes com controles de gastos e investimentos reduzidos em determinados anos. Nessa nova realidade todas as partes vão ter que se acostumar.

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