São João

“São João dos 400 anos” brilha nos terreiros de São Luís

Na Madre Deus, o ponto de encontro das famílias foi na Praça da Saudade.

Divulgação/Secom

Atualizada em 27/03/2022 às 12h20

SÃO LUÍS - Os grupos folclóricos animaram os terreiros juninos na noite desta quinta-feira (28) e madrugada de sexta (29), Dia de São Pedro, em São Luís. No circuito coordenado pelo Governo do Estado, a festa começou cedo, por volta das 19h, e atraiu grande público. A secretária de Estado da Cultura, Olga Simão, acompanhou a festança em vários arraiais da cidade.

Na Madre Deus, o ponto de encontro das famílias foi na Praça da Saudade. Até as crianças entraram na onda das manifestações folclóricas e aplaudiram de pé o Boi da Madre Deus mirim, formado por crianças de 8 a 12 anos.

Mantido pela comunidade, o batalhão não parou um só dia desde 1º de junho. A presidente Márcia Cláudia Santos contou que os integrantes, apesar de menores de idade, não aceitam voltar cedo para casa. "Eles querem entrar pela madrugada, e chegar tarde, por incrível que pareça. Na verdade, as crianças adoram a festa e toda esta movimentação nos arraiais", revelou.

Perto dali, dois outros pontos de festa davam prosseguimento à programação oficial na Madre Deus: Ceprama e Largo de São Pedro. No Largo, os integrantes dos bois festejavam o Dia de São Pedro, padroeiro dos pescadores.

Diante da cintilante e imponente capela, bem na parte mais alta daquela região do bairro, a tradição de dançar e cantar para o santo foi mantida. Os mais religiosos faziam questão de subir a escada íngreme para rezar diante da imagem. Os primeiros grupos a se apresentar foram Mimoso da Vila Embratel e Encanto de Santa Cruz.

No Centro Histórico, o público ficou distribuído entre os cinco pontos de apresentação de manifestações folclóricas. Na praça da Casa do Maranhão, o boi Cidade de Viana levou graça e animação para o arraial. Turistas de vários cantos do Brasil aproveitaram para registrar a dança e principalmente a criativa e colorida indumentária.

Na praça Nauro Machado, o cantor Pepê Júnior apresentou o espetáculo Bumbauê, iniciado com um pout-pourri de ritmos maranhenses. A apresentação ouriçou o público e o difícil foi ficar parado. "Não dá para ficar parado. A gente tem que mexer pelo menos o pé", disse Maria Aparecida Fernandes, estudante universitária.

O Auto

No Canto da Cultura, uma das apresentações mais animadas foi a do Boi de Nina Rodrigues, que levou um grupo animado e bem caracterizado de índias e vaqueiros para o espaço, além de Pai Francisco e Mãe Catirina, para completar a representação do auto do bumba meu boi.

A estudante universitária Érica Moraes acompanhou tudo, do início ao término. "Acho a dança maravilhosa, e tão boa que dá vontade de dançar com eles", disse.

Índia do grupo há 12 anos, Daniele Santos contou que a maratona do São João é cansativa, mas ao mesmo tempo prazerosa. "A gente acaba se acostumando às apresentações sequenciadas, pois é para isso que nos preparamos desde o início do mês de junho", contou.

Conceição Braga, presidente do Boi de Nina Rodrigues, avaliou como positiva a temporada do São João do Maranhão e destacou as novidades do grupo folclórico pensadas para as homenagens a São Luís, pelo seu aniversário de 400 anos de fundação.

"Nós começamos nossa apresentação com a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Além disso, fazemos um pouco de reggae, como forma de homenagear São Luís. Para o Boi de Nina Rodrigues, o São João foi maravilhoso e muito divertido", afirmou Conceição Braga.

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